terça-feira, 10 de maio de 2016

É POSSÍVEL RESTAURAR A MONARQUIA COM 30% DE APOIANTES?


A República da Romênia, onde o número de apoiantes é inferior a Portugal, a ideia de uma Restauração da Monarquia está a ganhar contornos de uma certeza sem data marcada é um exemplo de que é possível, com 20% de apoiantes da alternativa monárquica. Apresenta-se, no mínimo, com uma sensação de estranheza a elevada expectativa entre a população de que o País irá mais tarde ou mais cedo transitar para a Monarquia.

A República tem a maioria do apoio da população (62%), mas quando a pergunta é sobre confiança a base de apoio deste regime desaparece como um castelo de cartas, a República não conseguiu ocupar na História e na memória dos romenos o mesmo fulgor que a breve Monarquia Romena teve e esta desconfiança perene foi pavio para em 2011 o Parlamento ver-se forçado a ouvir o antigo Monarca (Michael I) quando este se dirigiu pela primeira vez a este após 60 anos. Exigiu uma quebra com antigos “maus hábitos” do passado, a demagogia e o “egoísmo primitivo” daqueles que sobem ao Poder, as situações humilhantes que os mais velhos e enfermos enfrentam e romenos a viverem em territórios retirados ao País.

A situação é paralela a Portugal em grau e amplitude, a República Portuguesa não arrasta confiança nem peso na História da comunidade, a República tem sido um cancro multiplicado num século de problemas e conflitos internos que impediram o País de evoluir. É um estado de egoísmo primitivo que assola a população em nome daqueles que o regime verdadeiramente representa e beneficia.

“A ideia de restaurar a monarquia é popular entre os romenos. Atualmente vivendo na República da Romênia, cerca de 21% dos entrevistados numa pesquisa iria para a monarquia se um referendo sobre a forma de governo na Romênia fosse a votos.

Mas mais da metade – 62% – ainda votariam a opção republicana, de acordo com uma pesquisa IRES. Os resultados da pesquisa foram publicados poucos dias antes de celebração do Dia do Rei na Romênia, a 10 de Maio.(…)

No entanto, quase dois terços dos entrevistados acreditam que teria sido melhor se a monarquia tivesse sido restaurada na Romênia logo após a Revolução de 1989 que marcou a queda do comunismo.

A Casa Real da Romênia tem um aumento de reputação: 93% dos romenos disseram ter ouvido falar sobre a Casa Real. A Casa Real também goza de altos níveis de confiança: 61% dos entrevistados têm confiança e grande confiança na Casa Real, embora menos do que um quarto daqueles que já ouviu falar sobre esta instituição esteja ciente de seu trabalho.

Cerca de 42% acreditam que a Casa Real está envolvida na vida pública apenas o suficiente, enquanto que uma percentagem semelhante (45%) acha que ele deve se envolver mais.

Quando inquiridos sobre o que deve Casa Real fazer para se envolver mais na vida pública da Romênia, 17% daqueles que acreditam que o envolvimento da instituição é insuficiente dizem que esta deveria envolver-se mais na política / legislação, 10% acham que devia tornar-se mais conhecida, e 6% acreditam que deveria apoiar os pobres / realizar a caridade.

Cerca de 85% das pessoas que já ouviu falar sobre a Casa Real acredita que a instituição está de boas relações com a Europa e com outras Casas Reais, enquanto 82% pensam que a sua relação com os romenos também é boa. Cerca de três quartos avalia como boa, a relação entre a Casa Real e da Presidência.

Quando solicitados a classificar a sua opinião sobre a importância do papel dos Reis da história, os entrevistados listados Rei Michael I (uma média de 8,36), e Rei Carol I (8,16) foram as melhores escolhas.

Se são favoráveis à monarquia ou não, os romenos certamente sabem muito sobre o Rei Michael I. O estudo mostra que 99% dos romenos ouviu falar sobre ele, e mais da metade dos entrevistados (54%) associam o seu nome com o título de Rei da Romênia.

A Romênia comemora o Dia do Rei a 10 de Maio, mas apenas 16% dos entrevistados conhecem esta data e 12% dizem celebrar este dia. 10 de Maio é uma celebração tripla na Romênia: ele marca o dia em que o primeiro rei da Romênia foi coroado (10 de Maio de 1866, Carol de Hohenzollern-Sigmaringen), bem como o início do reinado do rei e da independência do país – ganhou em 1877 .

A Casa Real da Romênia vai organizar uma festa na estância de montanha Sinaia – a residência real – para celebrar o 10 de Maio.

Rei Michael da Romênia, agora 95, está atualmente doente. Sua filha mais velha Princesa Margareta, a herdeira, é atualmente a detentora da Coroa.

O estudo IRES foi realizado em Março 23-24 para a revista Síntese, com uma amostra de mais de 1.000 pessoas.

Romênia era uma monarquia entre 1866-1947, sob quatro Reis estrangeiros: Carol I, Ferdinando, Carol II e Rei Michael. Este último teve a abdicar em Dezembro de 1947 depois que o partido comunista chegou ao poder na Romênia.

Irina Popescu, irina.popescu@romania-insider.com”

fonte: http://goo.gl/3CXjXN
          http://goo.gl/aA0f50

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Na abertura do Senado, dom Pedro I pede lei para a 'educação da mocidade'

Ricardo Westin | 02/05/2016, 11h47 - ATUALIZADO EM 03/05/2016, 01h19

Ao meio-dia daquele sábado, a carruagem para diante do Palácio Conde dos Arcos, a sede do Senado, no Rio, e dela desce dom Pedro I. Depois de observar as pessoas que se aglomeram na rua, o imperador entra no palácio e caminha entre os senadores e os deputados gerais até o trono posicionado num lugar de destaque no Plenário.

É o dia 6 de maio de 1826. Com um pronunciamento, dom Pedro I inaugura o Senado e a Câmara dos Deputados. Nesta sexta, o episódio histórico completa 190 anos.

Entre outros pontos, o imperador pede aos legisladores que deem especial atenção à “fazenda pública” e à “educação da mocidade de ambos os sexos”.

Bem sei que minhas reflexões não são necessárias a esta Assembleia, composta de tão dignos senadores e deputados, mas servem a satisfazer o zelo, o amor e o interesse que realmente tenho pelo Império do Brasil e pela execução da Constituição — afirma.

Há um atraso. A sessão inaugural do Senado e da Câmara deveria ter ocorrido três dias antes. A Constituição de 1824 estabelece que os trabalhos de cada ano legislativo se iniciam em 3 de maio. O cronograma não é cumprido porque os senadores e os deputados não conseguem se acertar sobre o cerimonial da sessão. O imperador deverá permanecer com a coroa sobre a cabeça o tempo todo? Os assessores dele poderão entrar? No fim, para evitar mais atraso, o próprio dom Pedro I acaba ditando o ritual. Ele se queixa na sessão:

Sinto infinito que a Assembleia Nacional não se abrisse no dia marcado pela Constituição, depois de o governo ter concorrido da sua parte quanto pôde para que a lei não fosse postergada.

A data prevista na Constituição, 3 de maio, não é aleatória. Nessa época, acredita-se que esse é o Dia do Descobrimento. A errônea dedução vem do primeiro nome do Brasil, Terra de Vera Cruz, do qual se supõe que Pedro Álvares Cabral aportou na nova terra no Dia da Santa Cruz, celebrado pelos Católicos em 3 de maio.

O verdadeiro Dia do Descobrimento, 22 de abril, só é conhecido entre o final do século 18 e o início do século 19, com a análise mais rigorosa de documentos históricos. Mesmo assim, a data permanece equivocada no calendário oficial por muito tempo. É apenas nos anos 1930, com Getúlio Vargas, que o feriado do Descobrimento passa de maio para abril.

Em termos históricos, o atraso da sessão inaugural não é de apenas três dias. É, na realidade, de dois anos. A abertura do Senado e da Câmara deveria ter acontecido em 1824, logo após a promulgação da primeira Constituição do Império. Os planos foram frustrados porque dom Pedro I mandou suas tropas invadirem a Assembleia Constituinte — no episódio conhecido como Noite da Agonia — por discordar da Constituição que os deputados constituintes haviam elaborado. O imperador exigia muito mais poderes. Para consegui-los, ele depois encarregou uma comissão com homens de sua confiança de redigir a Constituição de 1824.*

Na sessão de 6 de maio de 1826, dom Pedro I adota um tom político e afirma que não foi com prazer que desferiu o golpe de três anos antes:

Em 12 de novembro de 1823, dissolvi a Assembleia Constituinte bem a meu pesar e por motivos que vos não são desconhecidos.

O pronunciamento imperial dura pouco menos de 15 minutos. Terminada a fala, dom Pedro I deixa o Senado e a sessão é encerrada.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

LINK ORIGINAL: http://goo.gl/uSDxy0

*Não poderia faltar uma "alfinetada" na questão do fechamento da Constituinte por parte de S.M., logo farei um texto explicando o motivo dessa ação.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Estes são os 40 países mais corruptos do mundo

Coreia do Norte: país empata com a Somália no ranking dos mais corruptos. 
Veja nas imagens os piores colocados

Vanessa Barbosa, de EXAME.com

O ranking da desonestidade, suborno e negociatas

São Paulo - Qual o custo da desonestidade dos governos? De acordo com o novo relatório da organização não governamental (ONG) Transparência Internacional, ele é imenso e vai muito além do roubo de dinheiro público.

A falta de lisura de um país está ligada a graves problemas como o baixo índice de desenvolvimento humano, mão de obra escrava e infantil, tráfico de pessoas e animais silvestres, destruição ambiental, aumento da ineficiência do sistema político e econômico entre outras mazelas que, no extremo, corroem os alicerces da democracia.

Divulgada nesta quarta-feira (27), a nova edição do Índice de Percepção da Corrupção mediu os níveis percebidos de corrupção no setor público em 168 países, com base na opinião de especialistas.

Os países receberam notas que variam de 0 a 100. Quanto mais próxima de zero for a pontuação, mais corrupto é o setor público daquele lugar.

Ao todo, dois terços dos 168 países listados no índice têm uma pontuação abaixo de 50, numa escala de 0 (considerado o mais corrupto) a 100 (considerado o menos corrupto).


Como mostra o gráfico abaixo, a corrupção é um problema global. Quanto mais vermelho escuro, mais corrupto é um país:



Brasil

Hoje, no ranking, o Brasil está em pior colocação do que nações africanas, como Namíbia e Botsuana. Os escândalos envolvendo a Petrobrás ajudaram a rebaixar o país, que caiu do 69º lugar no ranking anterior para o 76º na edição atual.

Nesta galeria, foram considerados apenas os países mais problemáticos, que tiveram as menores notas na classificação geral no índice, sendo a Coreia do Norte e a Somália os piores casos, com apenas 8 pontos cada (empatados na última colocação). No extremo oposto, entre os países menos corruptos, aparecem a Dinamarca (91 pontos) e a Finlândia (90 pontos).

Para além dos conflitos e guerras, a fraca governança, instituições públicas débeis – como a polícia e o judiciário, e a falta de independência da mídia caracterizam os países que ocupam as posições mais baixas.

LINK ORIGINAL: http://goo.gl/4854Li