“A força dos republicanos civis, realmente, era de pouca valia, exceção feita dos seus pujantes arraiais de Sao Paulo (onde, desde 1882 jornais lhes propagavam as ideias, e á frente destas estavam Rangel Pestana, Campos Sales, Prudente de Morais, Bernardino de Campos, Glicerio, Amer co Brasiliense, Cerqueira Cesar. . .) e do Rio Grande do Sul (onde Julio de Castilhos comandava a sua jovem brigada de positivistas).
O nucleo republicano, isto é, o partido fundado em 3 de Dezembro de 1870 e refundido em 73, não prosperára sensivelmente naqueles dezoito anos. Varios signatarios do manifesto de 70 ou se tinham definitivamente silenciado como Cristiano Otoni, ou passado a servir á monarquia, como o conselheiro Lafaiete. Quintino Bocaiuva continuava a redigir "O Paiz"; afirmára sinceramente, ás vesperas da explosão revolucionaria, que, sem o exército, viriam o Terceiro, o Quarto e o Quinto Reinados. Era esperar que as academias fornecessem o seu grande contingente de estudantes republicanos; que aquela mocidade, que de S. Paulo e Recife irradiava para todas as províncias, comungando o ideal francês ou americano da Republica leiga, levasse a toda parte a sua fé; e da renovação social, que se operava, saísse o ambiente", propicio a mudança das instituições.
Esperava-se e que a morte do imperador Dom Pedro II fosse a solução natural. O povo não esperava a vinda da República. Só se pensava no Futuro Reinado da Imperatriz Isabel I. Nem mesmo o Partido Republicano esperava a proclamação da república. Que só soube das “boas novas” no próprio 15 de Novembro de 1889. Os militares de Deodoro da Fonseca foram os verdadeiros salvadores do Republicanismo Brasileiro em meio ao fervor isabelista.”
Fonte: História da Civilização Brasileira de Pedro Calmon
Via BRAZIL IMPERIAL