quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

SOBRE AS IMPERATRIZES

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(da esq) Dona Carlota Joaquina, Dona Leopoldina, Dona Amélia e Dona Tereza Cristina. 
(no centro) Dona Isabel.

Durante o Império do Brasil, ascenderam ao trono três imperatrizes. D. Leopoldina de Habsburgo, a primeira imperatriz, foi a única a participar ativamente da política do novo país, seja tornando-se regente devido às ausências de seu marido, D. Pedro I, seja pela sua atuação como correspondente dos Habsburgo, mantendo seu pai, Francisco I da Áustria, informado dos ocorridos no Brasil e procurando garantir alguns interesses da Santa Aliança.

S.M. foi quem idealizou a bandeira nacional, com o verde dos Bragança e o amarelo dos Habsburgo.

Devido a sua morte prematura, e à partida de D. Pedro I junto a D. Amélia de Leuchtenberg, não houve quem por direito de fato pudesse reger o Império até a maioridade de seu filho caçula, D. Pedro II. Assim sendo, institucionalizou-se o chamado Período Regencial, no qual há uma ocupação do cargo de regente do Império por sucessivas personalidades políticas da época, eleitas pela Câmara.

A sucessora de D. Leopoldina, D. Amélia de Leuchtenberg, permaneceu pouco tempo no cargo. Acompanhou D. Pedro I em seu retorno a Portugal, após a abdicação de ambos ao trono brasileiro, para lutar pelo direito regencial da filha desse, D. Maria II de Portugal.

Já a terceira imperatriz, D. Teresa de Bourbon-Duas Sicílias, apresentou uma atuação muito mais discreta nos rumos da política nacional, estando sempre ao lado de seu marido, D. Pedro II, e falecendo pouco após o exílio. Sua filha, D. Isabel, nunca chegou a ascender ao trono brasileiro, haja vista o golpe da República brasileira em 1889, apesar de ter atuado como regente do Império por três vezes, a mais notável quando da abolição da escravatura.

Pelo tratado do Rio de Janeiro, firmado entre Portugal e Brasil em 1825, que colocou termos à guerra da independência do Brasil, reconhecia-se a autonomia do antigo reino, mas reservava-se o título de imperador titular do Brasil a D. João VI. Por conseguinte, sua cônjuge, D. Carlota Joaquina de Bourbon, tornou-se a imperatriz titular do Brasil. Com a morte do marido, sete meses depois, D. Carlota perde o título tanto do trono português quanto do brasileiro, tornando-se rainha-mãe e imperatriz-mãe.

Se tivesse assumido o trono, a filha primogênita de D. Pedro II, D. Isabel, então princesa imperial do Brasil à época do golpe, ter-se-ia tornado imperatriz do Brasil, pois este título se refere à consorte do imperador e à chefe de Estado do Império.

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