Boris Johnson aceitou o convite régio e, ao beijar as mãos da Rainha, como manda
a tradição, tornou-se seu 14º Primeiro Ministro, o mais recente em uma lista de nomes que se inicia, no ano de 1952, com o grande Sir Winston Churchill, e inclui ainda a formidável Lady Thatcher, a célebre “Dama de Ferro”. Uma lista de nomes – alguns não tão ilustres – que, ao longo dos últimos 67 anos, serviram a uma Soberana que, hoje aos 93 anos de idade, permanece pairando graciosamente acima dos interesses partidários e das querelas políticas.
O novo Primeiro Ministro tem agora a tarefa de levar a cabo a bem-acertada decisão tomada pelo povo britânico em referendo de 2016, conhecido como Brexit, de deixar a monolítica União Europeia, cujo projeto de poder é marcadamente socialista, pois não respeita as individualidades e tradições nacionais, nem tampouco a autodeterminação dos povos, e que parece caminhar para um “Estado artificial”, uma “República da Europa”, muito diferente do saudável modelo que outrora vigorou no Sacro Império Romano-Germânico, e que era todo baseado em valores monárquicos e cristãos.
Foi justamente aí que fracassou sua antecessora, Theresa May, e por isso ela teve de renunciar ao cargo de Líder do Partido Conservador e, portanto, de Primeira Ministra, entregando sua demissão à Rainha mais cedo na terça-feira. Foi um processo interno, sem necessidade de novas eleições populares, pois, desde o último pleito, em 2017 (o próximo deverá ser em 2022), os conservadores comandam a maioria dos assentos da Câmara dos Comuns, a câmara baixa, composta por representantes democraticamente eleitos, do Parlamento Britânico, que inclui ainda a Câmara dos Lordes, a câmara alta, composta pela nobreza e pelo alto clero anglicano.
“Mr. Johnson”, como é chamado pela imprensa de seu País, prometeu que o Reino Unido deixará a União Europeia no dia 31 de outubro próximo, “custe o que custar”. O eleitorado aguarda, já não tão paciente, mas certo de que, se ele também fracassar, virá o 15º Primeiro Ministro de Sua Majestade. Afinal, políticos vêm e vão, enquanto os governos são trocados ao sabor da opinião pública; mas a Coroa, assim com a Nação, é perene, servindo de espelho e exemplo das melhores virtudes de seu povo, velando sobre o bom funcionamento das instituições e garantindo que o Parlamento atue de acordo com as legítimas aspirações dos britânicos.
GOD SAVE THE QUEEN!
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