quinta-feira, 23 de julho de 2020

O DUQUE DE MONTEZUMA

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O Título nobiliárquico de Moctezuma foi criado por El-Rey Don Filipe IV, em 13 de setembro de 1627, como "Condado de Moctezuma" para Don Pedro Tesiphon de Moctezuma, bisneto do Imperador Mexicano Moctezuma II Xocoyotzin. 

El-Rey Don Carlos II acrescentou o nome "Tultengo" em referência à cidade de mesmo nome em Hidalgo. Sua Majestade Don Carlos III elevou título a "Grande de Espanha" e a rainha Dona Isabel II, em 1865, eleva-o a Ducado com o título de 'Ducado de Moctezuma' e em 1992 é adicionado novamente o nome 'Tultengo'.

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Atualmente, quem detém o título é o Sr. Juan José Marcilla de Teruel-Moctezuma e Valcárcel, VI Duque de Moctezuma de Tultengo.

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DE DIA, MECÂNICO, DE NOITE, REI

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Esta é a história do rei, que de dia é mecânico e de monarca noturno. Sua Majestade a Ngoryifia (rei) Céphas Bansah, etnia Ewé, em Gana. O rei Céphas Bansah, cujo nome original é Togbe Ngoryifia Céphas Kosi Bansah, é o chefe ou rei da etnia Ewé, em Gbi, Hohoe, Gana.

Ele nasceu em Gana em 1948, onde passou sua infância e parte de sua juventude. Em 1970, ele foi para a Alemanha para um programa de intercâmbio, onde estudou mecânica. Apesar de ser o segundo filho, em 1987, quando seu avô e ex-rei morreram, Céphas foi escolhido como sucessor, porque seu pai e irmão mais velho eram surdos, algo que é considerado impuro e os impedia de reinar.

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Em 1992, ele foi coroado o novo rei, no entanto, Céphas decide ficar na Alemanha, onde abriu sua própria oficina e era mestre em mecânica. A partir daí, todos os dias ele realiza audiências com seu pessoal via Skype, além de visitar várias vezes seus súditos, que são pouco mais de 300 mil.

Da Alemanha, conseguiu promover organizações e sua própria Fundação para levar água potável para o seu povo, além de melhorar a eletricidade e os hospitais comunitários. Ele construiu várias pontes e escolas e promove o artesanato e o conhecimento mecânico entre seu povo. Ele também tem sua própria loja de lembranças, onde ele mesmo faz as camisas. Infelizmente, em 2014, eles invadiram sua casa, onde, entre várias coisas, roubaram 4 de suas coroas de ouro.  

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Ele é casado com um alemão, com quem tem dois filhos, o príncipe mais velho e mais velho, estuda na faculdade e desempenha papéis de príncipe.

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NEGROS NO BRASIL IMPERIAL

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“Dos 7 milhões que constituem a população total do Brasil, estima-se que 3 milhões são escravos negros, 2 milhões e meio são índios e negros livres, e o resíduo, um milhão e meio, são brancos. 

O estado social da população não é marcado pela distinção de cor, tão imperativa em outro país na produção de classes. No Brasil só existe distinção entre liberdade e servidão. Os negros tem acesso a tudo, e estão em posse de muitos cargos de honra e confiança, e engajados em todos os departamentos de negócios. 

A raça branca e a negra se encontram em termos de igualdade no intercurso social, e casam-se entre si sem escrúpulos. O escritor do (jornal) North American Review conheceu “a esposa de um almirante, cuja pele era a mais escura entre as filhas da África” e menciona “o desalento de um agente diplomático americano, com a entrada de um coronel negro na corte, a quem ele foi apresentado. 

Nós temos a mesma notícia do fato que, não faz muito tempo, o embaixador brasileiro na Inglaterra (Visconde de Jequitinhonha) era um mulato, e no presente momento, uma ampla maioria dos membros do exército, tal como os oficiais, são descendentes de africanos.” 

Artigo "The Brazilians" escrito pelo líder Abolicionista afro americano Frederick Douglass em 1855

No artigo, Douglass projetava um cenário que caracterizava o Império como local mais favorável para a população negra do que em sua própria terra natal. Sua intenção era pressionar o governo americano a acelerar o processo de Abolição da Escravidão e melhorar as condições de vida da população afro americana, que para ele estava em situação pior do que uma nação considerada "atrasada" na perspectiva anglo protestante. 

Fonte: O Brasil por Frederick Douglass: impressões sobre escravidão e relações raciais no Império

Príncipes Africanos na Faculdade de Medicina da Bahia

Image may contain: 1 personPríncipe da Família Real de Lagos (possivelmente um dos filhos de Kosoko)

O Português Francisco José Godinho, (retratado no Salão Nobre do Museu da Misericórdia em Salvador) foi um dos maiores traficantes de escravos da Bahia entre 1822 e 1831. 

Com a proibição do comércio de escravos entre 1831 e 1850 teve de abandonar seus navios negreiros e passou a investir no mercado de seguros e no comércio, se tornando membro da Associação Comercial da Bahia e financiador do Hospital da Santa Casa de Salvador.

Apesar do fim da carreira de traficante, Francisco José Godinho ainda mantinha correspondência com seu velho amigo de negócios na África, o Obá (Rei) Kosoko de Lagos, da família real de Ologun Kutere da Nigeria.

Em 1844 Kosoko desejava levar seus três filhos Lourenço Ologun, Simplício Ologun e Camilo Ologun para estudarem Medicina na prestigiada Faculdade da Bahia, tendo Francisco José Godinho como protetor e financiador dos estudos dos príncipes. A Faculdade da bahia na época era conhecida por ser frequentada por membros da comunidade "Aguda" da Nigeria.

Francisco José Godinho aceitou a Missão e por sete anos ajudou os Príncipes na sua Estadia na Cidade de Salvador. Em 1851, os filhos do Rei Kosoko voltaram a sua Terra Natal em Lagos, formados médicos, batizados na Igreja Católica e casados como mulheres negras da Bahia. 

Os filhos de Kosoko porém não puderam herdar o trono de Lagos, pois Kosoko foi deposto por uma dinastia rival em 1850 devido a seu conflito com os ingleses. Esse episódio da História da Bahia retrata o forte vínculo que existia entre os traficantes de escravos do Brasil com a Aristocracia Africana. 

Fonte: Salvador: transformações e permanências (1549-1999) Por Pedro de Almeida Vasconcelos

O Império foi um dos primeiros países a usar anestesia cirúrgica

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Segundo informa Lycurgo Santos Filho, em sua História Geral da Medicina Brasileira, a primeira anestesia geral pelo éter foi praticada no Hospital Militar do Rio de Janeiro pelo médico Roberto Jorge Haddock Lobo, em 25 de maio de 1847. Um ano depois da primeira intervenção cirúrgica com anestesia geral, em Boston, Estados Unidos.

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Uma semana depois, também foi utilizada por Domingos Marinho de Azevedo Americano em dois soldados, tendo sido anestesista o médico Leslie Castro, recém-chegado da Europa e que trazia consigo o anestésico e o aparelho de “eterização”.

Um dos soldados foi operado com sucesso, sem dor, de osteomielite fistulizada da mastoide; o outro era acoólatra e a anestesia não produziu insensibilidade. O éter foi logo substituído pelo clorofórmio que havia sido introduzido como anestésico na Inglaterra por James Simpson, em 1847.

A primeira anestesia geral com o clorofórmio foi empregada pelo prof. Manuel Feliciano Pereira de Carvalho, na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, em 18 de fevereiro de 1848, e noticiada pelo Jornal do Commercio em 22 do mesmo  mês, com base em anotações fornecidas pelo prof. Luís da Cunha Feijó, que assistira à operação, uma amputação da coxa em um rapaz de quinze anos, por “tumor branco do joelho”

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A partir de então o uso do clorofórmio se generalizou, suplantando o éter, até que novos agentes anestésicos foram descobertos e introduzidos na prática médica.

A Paixão da Rainha Vitória pelo neto de Dom Pedro II

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Durante a viagem da Família Imperial a Itália em 1888, o Príncipe Dom Pedro Augusto causou ótima impressão a Rainha Vitória, que estava hospedada na Vila Palmieri em Florença. Para a Rainha da Inglaterra o Príncipe Brasileiro era o retrato de seu inesquecível marido Alberto. 

“Não desgrudava dele, parecia estar apaixonada, se enterneceu ao ver o jovem príncipe, achando que ele se parecia com seu adorado Albert”

O Príncipe também recebeu elogios do Rei Leopoldo II da Bélgica, que lhe disse que o considerava tão sábio quanto o avô Dom Pedro II. Sua crença de que os jovens europeus tinham que procurar horizontes vastos e virgens para investir suas energias tinha no príncipe moço o modelo ideal. As afinidades eram muitas. 

“Ele encantava o mundo, entretinha, era divertido, bonito e sabia manter uma conversação.”

O sucesso de Dom Pedro Augusto na Corte Europeia preocupava sua tia Princesa Isabel, que temia as ambições do Príncipe de se tornar Imperador do Brasil contrariando a sucessão do Trono. 

Fonte: A intriga: retrospecto de intrincados acontecimentos históricos. De Pedro Tasso de Saxe Coburgo e Bragança. O príncipe maldito: Traição e loucura na família imperial. De Mary Del Priore

A COROA DE NOSSA SENHORA E A PRINCESA ISABEL

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Coroa e Manto da Imagem de Nossa Senhora Aparecida doados Pela Princesa Isabel em 1868 e 1884. 

A Princesa era devota fervorosa de Nossa Senhora Aparecida e tinha o sonho de ser mãe de um menino que herdasse o trono do Império do Brasil, após sofrer varios abortos espontâneos devido a complicações na Gravidez, a princesa decidiu visitar a Antiga Capela de Nossa Senhora Aparecida em Guaratinguetá, São Paulo, onde pediu a Santa um filho saudável. 

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No dia 15 de outubro de 1875, após 13 horas de trabalho de parto nasceu o príncipe Dom Pedro de Alcântara. Por duas vezes, durante o Império, a princesa se fez romeira da santa e lhe ofereceu presentes. 

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Em dezembro de 1868, ofereceu-lhe um manto, com 21 estados brasileiros; em 6 de novembro de 1884, ofereceu-lhe uma coroa de ouro, cravejada de brilhantes , a mesma com que a Imagem foi coroada Rainha do Brasil de 1904 e que está na Nossa Senhora de Aparecida até hoje.

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