Segundo informa Lycurgo Santos Filho, em sua História Geral da Medicina Brasileira, a primeira anestesia geral pelo éter foi praticada no Hospital Militar do Rio de Janeiro pelo médico Roberto Jorge Haddock Lobo, em 25 de maio de 1847. Um ano depois da primeira intervenção cirúrgica com anestesia geral, em Boston, Estados Unidos.
Uma semana depois, também foi utilizada por Domingos Marinho de Azevedo Americano em dois soldados, tendo sido anestesista o médico Leslie Castro, recém-chegado da Europa e que trazia consigo o anestésico e o aparelho de “eterização”.
Um dos soldados foi operado com sucesso, sem dor, de osteomielite fistulizada da mastoide; o outro era acoólatra e a anestesia não produziu insensibilidade. O éter foi logo substituído pelo clorofórmio que havia sido introduzido como anestésico na Inglaterra por James Simpson, em 1847.
A primeira anestesia geral com o clorofórmio foi empregada pelo prof. Manuel Feliciano Pereira de Carvalho, na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, em 18 de fevereiro de 1848, e noticiada pelo Jornal do Commercio em 22 do mesmo mês, com base em anotações fornecidas pelo prof. Luís da Cunha Feijó, que assistira à operação, uma amputação da coxa em um rapaz de quinze anos, por “tumor branco do joelho”
A partir de então o uso do clorofórmio se generalizou, suplantando o éter, até que novos agentes anestésicos foram descobertos e introduzidos na prática médica.
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