A república (no Brasil) é de quem pagar mais, segue o "lema" "pagando bem, que mau tem?!"
Em alusão à data que celebra a Proclamação da República, O Malho, em 1902, apresenta uma charge, assinada por C. do Amaral, composta por dois retratos femininos.
O primeiro datado de 1889 apresenta uma mulher bela, bem penteada, aparentemente recatada, inocente, valores que projetariam uma dama.
O outro retrato exibe uma mulher diversa, com traços que sinalizam a vulgarização e o ridículo quando colocadas lado-a-lado às primeiras imagens.
A sátira, a ironia e consequentemente a crítica são reveladas como resultado da comparação e da “transformação” ocorrida no período de 13 anos: a República de 1902, despenteada e mal vestida, estaria sorrindo, zombando e exibindo-se com sua verdadeira face, sem virtudes.
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