Membro da Família Real Francesa, Sua Alteza pertencia à Casa de Orleans, ramo-cadete da Casa de Bourbon, que, por sua vez, integrava o todo da Dinastia Capetíngia, originada na figura de Hugo Capeto, eleito Rei dos Francos em 987. Além da Família Real Francesa, também são Capetíngios a Família Imperial do Brasil, as Famílias Reais da Espanha e das Duas Sicílias, a Família Grã-Ducal de Luxemburgo e a Família Ducal de Parma.
Ao ver o neto que havia acabado de nascer, o Rei Luís Filipe I dos Franceses, jubiloso, exclamou: “Temos um Conde d’Eu!”, conferindo, assim, o título que o Príncipe Gastão usaria, com toda galhardia e nobreza, pelo resto da vida, nos grandes salões do Brasil e da Europa e nos campos de batalha no Marrocos e no Paraguai, ainda que, ao longo dos anos, tenha recebido os títulos de Príncipe Imperial e, depois, Príncipe Consorte do Brasil, decorrentes de seu casamento.
Retrato: S.A.R. o Príncipe Gastão de Orleans, Conde d’Eu e Neto da França, aos cinco anos de idade, em 1847.
– Baseado em trecho do livro “Maldita Guerra”, do Prof. Dr. Francisco Doratioto.
[*] Neto da França (Petit-fils de France, em francês) e Neta da França (Petite-fille de France) são os títulos usados pelos filhos daqueles intitulados como Filho da França (Fils de France), ou seja, os filhos dos Reis da França (ou do Chefe da Casa Real Francesa), ao passo que as filhas têm o título de Filha da França (Fille de France). O primogênito e herdeiro do Soberano é intitulado Delfim da França (Dauphin de France, em francês), e seus filhos têm o título de Filho (a) da França, não Neto (a). Já a filha mais velha do Rei tem o título de Senhora Real, ou Madame Royale, em francês. Todos tinham o tratamento de Alteza Real.
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