Era corriqueiro vê-lo caminhar normalmente com seu amigo e médico Conde Mota Maia pelas ruas da Cidade como qualquer senhor de classe média da época.
“Estava eu e mui Mota Maia andando pela a rua ouvidor quando lembro em comprar um regalo para meu neto mais moço, escolhi o agrado e fui pagar à senhorita do balcão do estabelecimento comercial, quando lhe entreguei uma nota de réis ela ruborizou-se olhando para nota onde minha velha face estava ao centro da impressão, a jovem olhou para mim e desmaiou em seguida.
Mota a examinou e brevemente acordou timidamente, começou a fazer reverências que eu nunca tinha assistido ou recebido. Depois do susto saímos à calçada, avistei flores, peguei um ramo vistoso, voltei à loja e entreguei a simpática senhorita. Hoje foi um dia bom, porém sempre fico reflexivo sobre tais momentos onde fica claro que meu povo ainda me enxerga como um Rei Medieval dos contos que lia quando infante, mas vi admiração e um belo sorriso no rosto belle enfant, foi compensador.”
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Diário de Pedro II, disponível na Biblioteca Nacional e cópias no Museu Imperial de Petrópolis.
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