Na Inglaterra, na embaixada do Brasil em Londres, por ocasião de uma visita oficial, Dom Pedro II assistia ao concerto de um famoso pianista inglês. Talentoso mas também pessoa de péssimos hábitos higiênicos, o tal pianista exalava um cheiro, digamos, peculiar, que ao Imperador muito incomodava. Depois do concerto, todos maravilhados com a performance, o Príncipe de Gales, futuro rei Eduardo VII, manifestou ao ministro plenipotenciário do Brasil, Barão de Penedo, o desejo de que o pianista fosse condecorado pelo Imperador com a Ordem da Rosa.
O Príncipe de Gales não ficou sabendo, mas ao tomar ciência da proposta, o Imperador comentou ironicamente ao Barão:
- ‘‘Concordo, desde que antes o governo inglês lhe conceda a Ordem do Banho!’
Nos Estados Unidos, também por ocasião de uma visita oficial, o professor norte-americano David Todd mostrava a D. Pedro II um novo instrumento do observatório, no qual havia um espelho rotativo que dava não sei quantas voltas por minuto.
D. Pedro comentou:
— ‘‘Quase tantas como numa república sul-americana...’’
- Do livro "Revivendo o Brasil Império", de Leopoldo B. Xavier. São Paulo: Artpress, 1991. p. 112 e 70.
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