Nascido em Salvador em 1872, Juliano Moreira era de origem humilde, seus pais eram empregados domésticos do Barão de Itapuã, que era padrinho de Juliano. Com a ajuda de seu Padrinho, que era médico e professor da Faculdade de Medicina da Bahia, Juliano Moreira faz os cursos preparatórios no Colégio Pedro II e ingressa no curso de medicina, em 1885.
Formou-se em 1891, aos 19 anos, com a tese “Sífilis maligna precoce”. Ainda na Bahia, se especializou em clínica psiquiátrica. Entre 1903 e 1930, dirigiu o Hospício Nacional de Alienados, antigo Hospício Dom Pedro II. Durante seu trabalho como diretor, humanizou o tratamento e acabou com o aprisionamento dos pacientes.
Considerado como o fundador da psiquiatria científica no Brasil, Juliano Moreira, no campo da literatura médica, escreveu e publicou obras de grande valor, que reúne mais de cem títulos, entre trabalhos científicos e de outra natureza, destacando-se “Assistência aos alienados no Brasil” (1906), “Les maladies mentales au Brésil” (1907) e “A evolução da medicina brasileira” (1908).
Fundou, em colaboração com outros médicos, os periódicos “Arquivos brasileiros de psiquiatria, neurologia e medicina legal (1905), “Arquivos brasileiros de medicina” (1911) e “Arquivos do Manicômio Judiciário do Rio de Janeiro” (1930). Foi, ainda, colaborador do periódico “Brasil Médico” e da “Revista Médico-Cirúrgica do Brasil”.
Um dos cientistas brasileiros de maior renome, foi membro de inúmeras instituições científicas, como a Antropologische Gesellschaf de Munique, a Société de Médecine de Paris, a MedicoLegal Society de Nova York e a Medico-Psychological Association de Londres. Foi fundador da Academia Brasileira de Ciências, em 1917.
Na Academia Nacional de Medicina foi eleito Membro Titular, em 1903, e transferido para a classe dos Honorários, em 1930. Foi vice-presidente na gestão do Acadêmico Miguel Couto, no período de 1922 a 1923 e de 1925 a 1933, ano de sua morte.
Faleceu na cidade de Petrópolis, no dia 2 de maio de 1933.
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