sábado, 6 de maio de 2017

A APOSENTADORIA DO DUQUE DE EDIMBURGO


Repercutiu no mundo todo a notícia, na última quinta-feira, de que, às vésperas de completar 96 anos de idade, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo, consorte da Rainha Elizabeth II do Reino Unido, irá se aposentar, não mais desempenhando compromissos públicos a partir de agosto, no outono europeu.

No mesmo dia, a imprensa britânica divulgou os números impressionantes gerados pelo trabalho de Sua Alteza desde 1952, quando sua esposa ascendeu ao Trono: foram mais de 22 mil compromissos oficiais. Se convertermos os compromissos em dias, descontando os finais de semana, o Duque de Edimburgo trabalhou o equivalente a todos os dias úteis dos últimos 65 anos. E os mais desinformados ainda perguntaram: “Está se aposentando do que?”...

A Rainha, de 91 anos, continuará cumprindo com seus deveres constitucionais e oficiais; afinal, não existe aposentadoria para Sua Majestade, pois o seu é um trabalho para a vida toda – não se pode quebrar o juramento solene de servir aos seus povos, feito perante Deus, antes de ser ungida pelos óleos sagrados, em sua cerimônia de coroação, na Abadia de Westminster, relíquia das glórias do medievo cristão.

Entretanto, é natural que a Soberana, conforme avançar em idade, delegue cada vez mais funções aos seus herdeiros diretos, seu filho e neto, o Príncipe de Gales e o Duque de Cambridge. Está aí um dos aspectos mais importantes da Monarquia: continuidade, com uma família servindo perpetuamente à nação e sendo exemplo e espelho das melhores virtudes de seu povo.

Ao Duque de Edimburgo, desejamos um bom e merecido descanso.

Foto: S.M. a Rainha Elizabeth II do Reino Unido e S.A.R. o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo.

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