(esq) O Presidente Médici e o Chefe da Casa Imperial, o (dir) Príncipe Dom Pedro Henrique
Curiosidade, o Chefe da Casa Imperial se utiliza do “pluralis majestatis” (plural majestático), referindo-se a si mesmo na primeira pessoa do plural (nós); tal privilégio é reservado a Soberanos, Papas e Bispos, aos dois últimos, simbolizando o fato dessas altas figuras representarem Deus na Terra e, no caso dos Soberanos, representantes máximos de seu povo.
O referido documento consta no livro “Dom Pedro Henrique, o Condestável das Saudades e da Esperança”, de autoria do Prof. Armando Alexandre dos Santos.
Segue a carta:
"Senhor Presidente,
Ainda sob a forte emoção vivida por ocasião das tocantes homenagens tributadas à memória da Princesa Isabel e do Conde d’Eu, nossos avós, vimos, na qualidade de Chefe da Casa Imperial do Brasil, apresentar a Vossa Excelência nossos profundos agradecimentos, pedindo torná-los extensivos à Excelentíssima Senhora Dona Scyla Médici.
Sensibilizaram-nos as honras de Chefe de Estado e de Comandante-em-Chefe prestadas aos ilustres mortos, na oportunidade de trasladação de seus despojos para o jazigo definitivo, na Capela Imperial da Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis.
A pompa, a ordem e o brilho das cerimônias bem demonstraram o alto conceito em que são tidos pelo atual Governo do País os grandes vultos de nossa História.
Foram atos de reparação histórica e de justiça àqueles que consagraram suas vidas ao serviço do Brasil. Comoveram a todos, participantes e assistentes, e em especial a nós, descendentes da “benigna Senhora e do valoroso Soldado”, cujas venerandas imagens conservamos vivas na memória, bem como suas palavras de amor e de saudade para com a Pátria longínqua.
Pedindo permissão para divulgar esta carta, expressamos o testemunho de nossa consideração à pessoa de Vossa Excelência.
Pedro Henrique de Orleans e Bragança
Rio de Janeiro, 20 de maio de 1971.
Ao Excelentíssimo Senhor Presidente Emílio Garrastazu Médici
Palácio do Planalto
Brasília – DF
Ainda que tarde, mas as homenagens à tão ilustres brasileiros nos comove, ante à desconsideração feitas na época do exilio, felizmente o mal maior procurado por alguns da familia de FHC , Graças ao bom Deus não foi perpetrado, o que sobre os brasileiros cairia uma maldição maior. Viva a monarquia.
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