A situação política está tão crítica que até a grande imprensa, que sistematicamente ridiculariza a Monarquia Brasileira e a ideia de restauração, tem aberto espaço para o assunto e para os descendentes da Família Imperial. A Janela de Overton está, finalmente, sendo deslocada.
Dessa vez foi a Folha de S.Paulo que repercutiu a nota publicada ontem pelo chefe da Casa Imperial do Brasil, Dom Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach.
Com a grandeza que o caracteriza, Dom Luiz diz que a "Família Imperial está disposta a cooperar na busca das soluções ponderadas que sejam uma saída para a crise que angustia os brasileiros". E nos alerta contra as "soluções mágicas e imediatistas de salvadores da pátria".
Dois trechos da nota são reveladores da estatura e lucidez do trineto de Dom Pedro II e da tradição hoje perdida dos grandes homens do Império:
"O momento, carregado de muitas incertezas, exige antes de tudo grande vigilância e argúcia, a fim de não permitir que comoções momentâneas conduzam a nação para choques que só interessam aos que buscam semear a discórdia e retalhar o Brasil, inclusive em seu território."
"Nos últimos dias o Brasil entrou numa das etapas mais agudas da crise que o assola gravemente. É uma profunda crise moral, de valores, ideológica, com dramáticos reflexos institucionais e até econômicos. Não escapa a um observador atento da realidade que uma série de movimentações, propostas e artimanhas oportunistas tentam semear o clima de desconcerto e de caos nesse cenário, alimentando soluções mágicas e imediatistas de salvadores da pátria, bem ao estilo do republicanismo vigente".
E quando vocês lerem ou ouvirem falar de acordão entre Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva para a substituição imediata de Michel Temer, façam como eu: acordão desde que quem assuma o poder seja Dom Luiz e a Monarquia Parlamentar Constitucional seja restaurada. Todo o resto é arranjo do presidencialismo de coalização e a manutenção da revolução permanente.
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