Jovita Alves Feitosa (Tauá, 8 de março de 1848 - Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1867) foi uma voluntária que quis lutar na Guerra do Paraguai.
Jovita alistou-se, atendendo à campanha dos Voluntários da Pátria que se fazia em todo o país, aos 17 anos de idade, travestida de homem - para tanto tendo cortado os cabelos e usado vestes masculinas. Conseguiu enganar os policiais, porém, foi delatada por uma mulher que logo reconheceu os traços femininos.
Ao ser levada para interrogatório policial, chorou copiosamente e manifestou o desejo de ir lutar nas trincheiras, com a mão no bacamarte.Não queria ser auxiliar de enfermeira, pois, se assim o desejasse poderia fazê-lo. Dizia querer vingar “a humilhação passada por seus compatriotas nas mãos dos desalmados paraguaios”.
Foi aceita no efetivo do Estado, após o caso chamar a atenção de Franklin Dória, então presidente da Província do Piauí, que lhe incluiu no Exército como 2º Sargento. Recebeu fardamento e embarcou com o corpo de voluntários.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, Jovita tornou-se personalidade pública e notória. Todos buscam conhecer a mulher que queria ir à guerra. Na capital imperial foi entrevistada numa das salas do quartel do campo de aclamação.
Dois meses depois de chegar ao Rio de Janeiro, Jovita Feitosa teve seu embarque negado pelo Ministro da Guerra, que julgou sua condição de mulher incompatível com o serviço no fronte de batalha.
Caiu em profunda depressão, após ser abandonada pelo amado, o engenheiro inglês, Guilherme Noot. Aos 19 anos de idade, em 1867, cometeu suicídio com uma punhalada no coração.
Em 27 de março de 2017, o nome de Jovita Alves Feitosa foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília, em virtude da Lei Nº 13.423/2017.
Prezado Eduardo,
ResponderExcluirA imagem pertence a qual coleção?
Obrigada
Fátima Argon