terça-feira, 8 de outubro de 2019

O CARÁTER FAMILIAR DA MONARQUIA BRASILEIRA

Image may contain: 1 person, tree and outdoor

Na Monarquia Brasileira, como fora anteriormente na Monarquia Lusa, o caráter familiar estava muito presente. Era até mesmo algo que chamava a atenção de estrangeiros que aqui vinham.

Em 1876, o “The New York Herald”, hoje considerado um dos grandes precursores do jornalismo moderno, encarregou o repórter James O’Kelly de acompanhar a viagem que o Imperador Dom Pedro II e a Imperatriz Dona Teresa Cristina faziam então aos Estados Unidos da América.

O que logo chamou a atenção de O’Kelly foi precisamente o aspecto familiar de nossa Monarquia, bem como a enorme popularidade da qual o Imperador desfrutava. “Não era um Chefe se despedindo cerimoniosamente da Nação que governava, era antes um casal adorado se despedindo da família”, escreveria ele, noticiando a partida de Suas Majestades do Rio de Janeiro, em correspondência que seu jornal publicou na edição de 16 de abril de 1876.

O “parlamentarismo à brasileira”, consolidado ao longo do Segundo Reinado, deu certo justamente porque tinha algo de familiar, algo de patriarcal, muito afim com o temperamento natural dos brasileiros. Por isso deitou raízes tão profundas, que se fazem sentir ainda nos dias de hoje.

– Baseado em trecho do livro “Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira, com Monarca e Poder Moderador eficaz e paternal”, do Professor Armando Alexandre dos Santos.

Ilustração: Suas Majestades Imperiais o Imperador Dom Pedro II e a Imperatriz Dona Teresa Cristina do Brasil são entusiasticamente recebidos pela população do Rio de Janeiro, em 1877, após retornarem de sua segunda viagem ao exterior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário