Francisco João de Azevedo (Mamanguape, 4 de março de 1814 — João Pessoa, 26 de julho de 1880) foi um Padre Católico e inventor brasileiro.
Ficou conhecido por criar uma máquina de escrever a mão com o auxílio de apenas lixa e canivete, só que a máquina não teve reconhecimento e o Padre, com o passar dos anos, ficou esquecido no tempo.
Existem suspeitas que o Padre foi sabotado por um amigo estrangeiro, que roubou os seus projetos. Outras fontes garantem que o modelo da máquina de escrever brasileira foi transferida para os Estados Unidos ou Inglaterra por um estrangeiro, mas com autorização do Padre Azevedo.
A máquina de escrever
Quando criança, o pai o introduziu às artes mecânicas e, em 1861, ele criou uma revolucionária máquina de escrever. Foi exibida no mesmo ano na Exposição Agrícola e Industrial de Pernambuco, onde Francisco João ganhou medalha de ouro, na presença do Imperador Dom Pedro II. Um ano depois, para a decepção do Padre, lhe comunicaram que sua máquina não poderia ir para a Exposição de Londres, por falta de acomodação, pois a máquina era muito grande.
A tal máquina inventada pelo Padre era um móvel de jacarandá equipada com dezesseis pedais com aparência semelhante a de um piano. Cada tecla de sua máquina adicionava uma haste comprida com uma letra na ponta. Era possível na máquina datilografar todas as letras do alfabeto além dos sinais ortográficos. O pedal servia para trocar de linha do papel.
Possível golpe
Em carta a jornais de Recife, em 6 de outubro de 1875, o Padre fez uma confissão: "O acanhamento, a timidez de minha índole, a falta de meios e o retiro em que vivo não me facilitam o acesso aos gabinetes, onde se fabricam reputações e se dá diploma de suficiência. Daí vem que minhas pobres invenções definhem, morram crestadas pela indiferença e minha falta de jeito".
Muito interessante.
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