terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Batalha do Passo do Rosário ou Batalha de Ituzaingó

Ficheiro:José Wasth Rodrigues - Batalha de Ituzaingó, Acervo do Museu Paulista da USP.jpg

Em 1816, o Império português anexou a banda oriental (atual Uruguai). Com nossa Independência, a província Cisplatina continuou fazendo parte do Brasil. Porém, rebeldes liderados pelo Coronel Lavalleja, iniciaram um movimento de independência. Em pouco tempo, a revolta atingiu os muros de Montevidéu. Em 25/08/1825, uma assembléia de orientais declarou a independência da Província Cisplatina e sua confederação às Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina).

Em 25/10/1825, o Congresso de Buenos Aires proclamou a Província Cisplatina reintegrada às Províncias Unidas. Em resposta, o Império declarou guerra às Províncias Unidas em 10/12/1825 e decretou bloqueio naval do estuário do Prata. De início, o Imperador Dom Pedro I deu pouca atenção à revolta, vide que já lidava com problemas em outras Províncias mais estratégicas, como a do Maranhão, a do Pará, a de Pernambuco, a da Bahia e na própria capital, Rio de Janeiro.

Contudo, quando a revolta ganhou corpo, Dom Pedro I enviou uma força de combate e para o sul, porém S.M. contava com poucos recursos para debelar o levante. Enquanto o Brasil teve que improvisar seu exército, comandado pelo Marquês de Barbacena, os rebeldes possuíam um exército organizado e veterano das batalhas pela independência na bacia do Prata.

Como os brasileiros pensavam erroneamente que o exército oponente havia atravessado o rio Santa Maria na tarde anterior à batalha, sua marcha era desordenada e descuidada. Então são surpreendidos ao ver o avanço dos rebeldes ocupando as colinas da região, então decidem atacar antes da chegada do resto do exército. O Exército Imperial começa o combate na manhã do dia 20 de fevereiro.

Barbacena enviou maior parte de sua infantaria para atacar o 1º corpo do exército aliado, comandado por Lavalleja, que estava com a artilharia no campo de batalha. Por outro lado, o terreno escolhido por Alvear para dar combate era propício para a movimentação de unidades de cavalaria, já que o mesmo tinha vantagem numérica de 3 para 1.

A resistência uruguaia começa a ceder em alguns pontos e as tropas brasileiras avançam. Neste momento surge no campo a cavalaria republicana. Rapidamente a esquerda brasileira, formada por voluntários com pouco treino militar, recua. A ala direita também recua, repassando as margens do córrego para o lado brasileiro. Somente o centro das forças brasileiras (mercenários alemães) mantêm posição. Eles resistem às investidas inimiga.

Por fim, as forças republicanas não conseguem quebrar a formação dos mercenários, mas lhe atingem a retaguarda desguarnecida pelo recuo das alas. Barbacena ordena o recuo destas tropas. Elas saem do campo de batalha em formação. Os rebeldes conquistam o campo de batalha, mas não possuem tropas descansadas para perseguir o adversário. Assim, o Exército Imperial pôde se reagrupar.

A batalha durou 11 horas, porém seu fim não significou o fim dos conflitos e o resultado, apesar da vitória dos rebeldes, devido ao fato de os brasileiros se retirarem do campo de combate, a “Argentina” não triunfou, visto que tinham interesse de anexar a província e retomar o vice-reinado de Buenos Aires, coisa que não aconteceu. Desfecho do conflito: Vitória tática do exército republicano, mas sem resultados estratégicos.

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