sexta-feira, 1 de setembro de 2017

DONA LEOPOLDINA, A CARIDOSA

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A primeira tentativa de uma colonização não portuguesa, baseada na pequena propriedade, foi formada em Nova Friburgo, em 1819, com suíços de língua francesa e alemã, e reforçada posteriormente por alemães. A empreitada fracassou em consequência de o terreno ser pouco favorável, da falta de habilitação dos imigrantes para a agricultura, e de boas comunicações com a capital.

Muitos colonos transferiram-se para o Rio, fomentando o artesanato local, ou alistaram-se nos corpos estrangeiros, enquanto as mulheres trabalhavam como enfermeiras ou empregadas. Muitas famílias chegaram ao extremo da miséria, tanto que as crianças saíam a pedir esmolas pelas ruas. A Imperatriz Dona Leopoldina esvaziou várias vezes seus cofres pessoais para acorrer às viúvas e aos órfãos. Era este um dos motivos pelos quais ela se viu moralmente obrigada a contrair dívidas secretamente, para poder socorrer os necessitados.

A Imperatriz Dona Leopoldina não se interessava por roupas caras e enfeites, mas era uma inveterada gastadora, pois seu bom coração a levava muitas vezes a distribuir esmolas da sua própria dotação a todos os que sofriam e vinham apelar para a sua magnanimidade. Com isso ela gastava mais do que podia. Não são raras suas cartas solicitando ao pai, o Imperador Francisco I da Áustria, ou ao marido, o Imperador Dom Pedro I, um complemento da dotação que acabava rapidamente com essas doações.

Quando a amada Imperatriz Dona Leopoldina do Brasil morreu, em 1826, verificou-se que tinha algumas dívidas, decorrentes de suas obras de caridade. A Assembleia Legislativa sentiu-se honrada em mandar efetuar o pagamento desses débitos deixados pela Imperatriz.

- baseado em texto do livro "Revivendo o Brasil Império"

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