sábado, 20 de maio de 2017

OS 200 ANOS DO CASAMENTO REAL

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Há 200 anos, no dia 13 de maio de 1817, casaram-se, por procuração, o Príncipe Real de Portugal, Brasil e Algarves, Dom Pedro de Alcântara de Bragança, e a Arquiduquesa Leopoldina da Áustria, da Casa de Habsburgo.

O noivo era filho do Rei Dom João VI, Soberano do recém-criado Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, que já despontava como uma futura grande potência, e da Rainha Dona Carlota Joaquina. A noiva, filha do Imperador Francisco I da Áustria, último Soberano do Sacro Império Romano-Germânico, chefe da mais importante Dinastia da Cristandade, e da Imperatriz Maria Teresa.

A cerimônia de casamento foi celebrada na Igreja de Santo Agostinho, localizada em Viena, próxima ao Palácio Imperial de Hofburg, de onde, desde o século XIII, os Imperadores administravam os vastos domínios dos Habsburgo. Na ocasião, o noivo foi representado pelo Arquiduque Carlos da Áustria, tio da noiva, que comandara as tropas do Exército Imperial na guerra contra Napoleão Bonaparte. A data escolhida, marcava o 50° aniversário do Rei Dom João VI.

A nova Princesa Real só chegaria ao Rio de Janeiro, sede do Império Português desde 1808, no dia 5 de novembro, sendo recebida com grandes festejos não só por seu marido e pela Família Real, mas por toda a população carioca – que, traduzindo os sentimentos de todos os brasileiros e portugueses, dava as boas-vindas à nobre dama que vinha unir seu destino ao de seu novo lar e de seu povo.

Não demorou para que a Princesa Real se apaixonasse pelo Brasil e pelos brasileiros, sentimento que compartilhava com seu marido, nascido em solo português, mas acolhido pelo Brasil e criado como brasileiro desde a infância. Com o retorno do Rei e da Rainha para Portugal, em 1821, o jovem Casal permaneceu aqui, com o Príncipe Real nomeado Regente do Reino do Brasil.

Abraçando por completo a nacionalidade brasileira, o Príncipe e a Princesa Reais logo se puseram à frente do movimento independentista, pois reconheciam que o Brasil, como o filho que atinge a maioridade e deixa a casa paterna, deveria se separar da Pátria-Mãe Lusa, mas conservando a tradição monárquica luso-brasileira e permanecendo uno no território, na cultura, na língua e na fé.

Sendo assim, a 2 de setembro de 1822, a Princesa Real, Regente interina na ausência de seu marido, assinou o decreto de Independência do Brasil, no Rio de Janeiro. Cinco dias depois, 7 de setembro, em São Paulo, o Príncipe Real deu seu imortal Grito do Ipiranga. O Brasil estava independente. Éramos uma Nação. Uma Nação que, no dia 12 de outubro, aclamou aquele jovem Casal como seu Imperador e sua Imperatriz, coroando seu novo Soberano a 1º de dezembro.

Como não poderia deixar de ser, a Bandeira do Brasil reúne o Verde dos Bragança e o Amarelo dos Habsburgo, demonstrando perpetuamente que nossa Independência foi um trabalho conjunto de todos os heróicos brasileiros de 1822, sob a alta liderança de seus Pai e Mãe Fundadores, Dom Pedro e Dona Leopoldina.

Deste insigne Casal nasceu o ramo brasileiro da Dinastia Bragantina, a Família Imperial do Brasil, que há quase 200 anos, a exemplo de seus ancestrais, vem se dedicando incansavelmente a servir à Pátria e ao povo, quer seja na Monarquia, no Exílio ou na República.

AVE IMPÉRIO
AVE PEDRO
AVE LEOPOLDINA

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