Mandada cunhar por D. Manuel I, funcionou, no século XVI, tal como o dólar hoje em dia.
As primeiras cunhagens foram feitas entre 1495 e 1497 e, à época, era a moeda de maiores dimensões alguma vez criada por um Reino europeu, e também a mais pesada: 35,5 gr de ouro vindo de África.
Era também uma das moedas mais belas do mundo, apresentando no anverso, em duas legendas envolvendo o escudo coroado, “D. Manuel I, Rei de Portugal e dos Algarves, daquém e além-mar em África, Senhor da Guiné, da conquista e navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia” e, no reverso, ao centro, a Cruz de Cristo e na orla a legenda: “Com Este Sinal Vencerás”.
Foi a primeira moeda global de todos os tempos e, durante 70 anos, foi a moeda de maior circulação mundial, refletindo o poderio do nosso país (matéria de jornal português), no apogeu da sua glória.
O seu prestígio era tal que, entre 1570 e 1640, muito depois de ter deixado de ser cunhada em Portugal, várias cidades europeias, entre as quais as da Liga Hanseática, bateram moeda de ouro de 10 cruzados, tal como o Português, com a Cruz de Cristo no anverso, dando origem aos célebres Portugalöser, que por vezes exibiam a legenda: “Ad valorem Emanvel reg Portugal”, ou “de acordo com o justo peso e liga do Português”.
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