quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A SAÍDA PARA A CRISE

O Chanceler do Círculo Monárquico do RJ, Dr. Bruno Hellmuth, com a palavra

"Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2015

Prezados Monarquistas

A SAÍDA PARA A CRISE

Diante da grave crise que o Brasil vive,  o ex-presidente FHC, entre outras personalidades, vem apontando  o fracasso do modelo político que nosso país adotou.  Ninguém verbalizou, entretanto, até agora,  o que do modelo fracassou - o presidencialismo ou a república? - e quais seriam as alternativas.  A proposta do Sr. Marcus Vinicius Furtado Coelho, presidente da OAB, que veio a público há poucos dias, é a primeira que vejo divulgada num grande jornal.

Porém,  apesar dele afirmar que o semipresidencialismo "se impõe"  como solução para os problemas,  certamente muitas vozes surgirão apontando os pontos fracos e os riscos desse outro modelo.

Ele afirma ser possível o fenômeno da coabitação caso o chefe de Estado e a maioria do parlamento forem eleitos por partidos diferentes.

 É claro que nada é impossível,  mas é pouco provável que tal situação não gere graves conflitos. Ele apenas acerta quando propõe que o chefe de Estado não deva ter papel meramente decorativo.  Me parece muito mais adequado um modelo semelhante ao da Inglaterra ou da Alemanha - para citar uma monarquia e uma república -  onde o chefe de Estado não é eleito em escrutínio popular. Trata-se do ideal de um chefe de Estado apartidário, portanto neutro. O Poder Moderador, muito necessário num país como o Brasil, onde a sociedade continua dividida em duas classes, e que o  Sr. Marcus Vinicius pretende atribuir a um presidente eleito, ficará, sem dúvida, muito melhor nas mãos de um Chefe de Estado neutro. Não seria melhor um chefe neutro escolher o comando das Forças Armadas e os ministros do Supremo Tribunal Federal? Quem contestará que isso funcionou muito bem aqui, no tempo de D. Pedro II?

Não é honesto usar o argumento de de que o parlamentarismo já foi derrotado duas vezes em plebiscito, assim como o foi a monarquia em 1993. Todos sabem muito bem que a mídia faz a cabeça do povo de acordo com os interesses corporativos no poder em determinado momento.


Este é o momento de se discutir cada proposta com honestidade e isenção."

CÍRCULO MONÁRQUICO DO RIO DE JANEIRO

Bruno Hellmuth

Chanceler



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