quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A CARIDADE DO CASAL IMPERIAL

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Exilada a Família Imperial Brasileira desde o golpe republicano de 15 de novembro de 1889, a Princesa Dona Isabel, a Redentora, e o Conde d’Eu passaram a viver na França, passando parte do ano no Castelo d’Eu, na Normandia.

Lá, era muito intenso o relacionamento da Família Imperial com a população local, que tinha verdadeira veneração por nossa realeza. O Conde d’Eu, além de assíduo na igreja paroquial de Eu e benfeitor dela, visitava pessoalmente pessoas simples do local, sobretudo quando doentes, informava-se sobre elas, ajudava-as e chegava a dar notícias delas, como assuntos de interesse palpitante, em suas cartas a parentes e amigos.

Frequentavam o Castelo algumas senhoras brasileiras, amigas da Princesa Dona Isabel (àquela altura, já Chefe da Casa Imperial e Imperatriz "de jure" do Brasil) e que haviam acompanhado a Família Imperial no exílio. Entre elas, as três Senhoritas Penha, que, com o patrocínio da Redentora e ajuda das Princesinhas, suas netas, e de outras amigas, dirigiam, todas as quintas-feiras, uma sessão de trabalhos para confeccionar paramentos e ornamentos para igrejas. Enquanto trabalhavam, rezavam o terço em voz alta.

O Conde d’Eu também fazia caridade, tendo instituído, com sua esposa, uma obra chamada Fogão Econômico, que consistia em servir, numa das dependências do Castelo, refeições a idosos pobres. Colaboravam com essa obra algumas senhores piedosas da nobreza, e o Conde d’Eu, sempre preocupado com a formação moral e religiosa dos netos, estimulava a que estes estivessem presentes na hora da distribuição, algumas vezes chegando a participar da refeição dos beneficiários.

- Baseado em trecho do livro “Dom Pedro Henrique – O Condestável das Saudades e da Esperança”, do Prof. Armando Alexandre dos Santos.

Foto: SS.AA.II. a Princesa Dona Isabel de Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, e o Príncipe Dom Gastão de Orleans, Conde d'Eu, na velhice, durante o exílio.

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