quarta-feira, 25 de outubro de 2017

UM PLEBISCITO QUE ASSUSTOU

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Em 1993, quando realizado o Plebiscito sobre a Forma e Sistema de Governo, muitas pesquisas informais, realizadas após palestras principalmente, indicavam a vitória da Monarquia Parlamentarista, dobrando em dois até os mais fervorosos republicanos. No entanto, as oficiais apontavam que ao menos um quarto da população brasileira iria votar pela restauração monárquica.

Mesmo diante de todos os empecilhos impostos pelo Estado, a começar pela cédula mal formulada, passando pela antecipação do pleito, como a mudança da data de 7 de Setembro, Dia da Pátria, data magna para os monarquistas, para 21 de Abril, feriado de Tiradentes, data favorável aos republicanos, e tantos outros que geraram desigualdade de posições, a Monarquia Parlamentarista recebeu 13,4% dos votos válidos. Uma vitória moral, após mais de 104 anos de silêncio imposto aos defensores do regime monárquico.

Contou-se na imprensa internacional que, assustado com o crescimento da Monarquia nas pesquisas, o Presidente da República, Itamar Franco, que sucedeu Collor de Melo após o seu impeachment, retirou de seu escritório no Palácio do Planalto o quadro do primeiro Imperador do Brasil, Dom Pedro I, e “trocou com toda pressa” por um busto de mármore de outro herói da Independência, provavelmente José Bonifácio de Andrada e Silva, para “exorcizar” o crescimento monárquico.

A anedota, real, foi contada pelo jornal italiano “La Repubblica”, em 31 de Março de 1993; Hoje, após o mesmo episódio de impeachment, jornais italianos acusam que cresce novamente no Brasil o desejo pelo retorno da Monarquia, desta vez, de maneira orgânica, fomentada pela debilidade da corrupta instituição da Presidência da República, na qual os últimos dois Presidentes e o atual estão sendo investigados em negociatas.

Pesquisas informais, realizadas por portais da internet, como o Terra em 2013, em lembrança aos 20 anos do Plebiscito, pelo Financial Times, o gigante e prestigiadíssimo jornal britânico de negócios, e pela apresentadora Mariana Godoy, da RedeTV!, ambas realizadas neste ano, mostram todas a Monarquia Parlamentarista com uma aceitação entre 65% a 80% dos Brasileiros. Resta saber: será que o quadro de Dom Pedro I continua no escritório da Presidência no Planalto?

Foto: SS.AA.II.RR. os Príncipes Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, e Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, na época do Plebiscito de 1993.

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