Mulheres votando da Nova Zelândia, um dos Reinos da Coroa Britânica
Monarquias e sua incrível capacidade de evoluir com mais segurança do que as repúblicas, sabe o porquê? Explico...
Enquanto as monarquias tem um "tato" mais apurado (graças a convivência dos Príncipes com a opinião pública desde o nascimento) para sentir as aspirações de seu povo, assim consegue evoluir na medida certa, com o tempo certo, digamos que ela (a monarquia) sobre cada degrau da "escada da evolução política" com o pé firme no degrau anterior (Tradição), assim tem estabilidade e serenidade, não causando grandes revoluções de maneira precipitada e ineficaz.
Já a república...
Esta não tem "tato" para sentir as vontades de sua gente, podemos pegar o próprio exemplo brasileiro com a velha e sempre esperada REFORMA POLÍTICA. Você sabe, as reformas só acontecem em "nossa" república quando o povo está prestes a se rebelar, ou seja, quando a "faca está no pescoço" os governantes dão o sim, mesmo contra a vontade, para a evolução política. Utilizando do mesmo exemplo da "escada da evolução política", digo que, repetindo, enquanto a monarquia sobre gradualmente de maneira segura, a república sobe dando saltos desorientados e dois em dois degraus, causando assim, de maneira frequente, tombos tristemente fenomenais.
Chegando ao assunto do post, vejamos o sufrágio feminino no mundo contemporâneo:
No Brasil...
A primeira mulher Chefe de Estado na História do Brasil, foi D. Maria I, Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815; quando o Brasil deixou de ser Colônia.
A segunda mulher Chefe de Estado foi D. Leopoldina que atuou como Regente em 1822, grande foi sua influência no processo de Independência do Brasil.
A terceirafoi D. Isabel que foi Regente do Brasil em vários períodos (1870 — 1871, 1876 — 1877 e 1887 — 1888) durante o período em que ela regeu o Brasil ela sancionou em 13 de maio de 1888 a Lei Áurea foi a lei que extinguiu a escravidão no Brasil.
Os primeiros exemplos de organização de mulheres nos vieram no Império, das regiões norte e nordeste, no final do século XIX, e eram voltados para a causa abolicionista. Nascida no Ceará, em 1882, a "Sociedade das Senhoras Libertadoras ou Cearenses Libertadoras", presidida por Maria Tomásia Figueira, em parceria com Maria Correia do Amaral e Elvira Pinho, atuou em defesa da liberdade fundando associações em Fortaleza e no interior do estado, contribuindo para que, em 1884, a Assembléia Legislativa provincial, finalmente, decretasse o fim da escravidão no Ceará. Nesse mesmo ano, foi criada, na cidade de Manaus, a associação "Amazonenses Libertadoras", fundada por Elisa de Faria Souto, Olímpia Fonseca, Filomena Amorim, entre outras – todas brancas e representantes da elite local. Contudo, elas defendiam a emancipação de todos os escravos do solo amazonense, o que aconteceu, em 30 de março de 1887, um ano antes da Lei Áurea.
De fato, a liberdade de voto para as mulheres só veio muito tempo depois do golpe de Estado republicano, em 24 de fevereiro de 1932 o então presidente do Brasil Getúlio Vargas institui o Código Eleitoral Brasileiro, que passa a dar o direito de voto e de elegibilidade às mulheres. Com a guerra paulista, em julho do mesmo ano, o processo eleitoral foi interrompido e adiado para o ano seguinte. Então, em 3 de maio de 1933, são realizadas as eleições para a Assembléia Constituinte e as mulheres vão às urnas pela primeira vez. Outro marco importante acontece nesta data: entre os 254 deputados eleitos na ocasião está uma mulher — Carlota Pereira de Queirós, eleita por São Paulo.
Mas...
Será que se a monarquia continuasse depois de S.M. o Imperador Dom Pedro II, o Magnânimo, com o Reinado da então Imperatriz Dona Isabel I do Brasil todo esse avanço feminino demoraria?
"Nosso próximo passo (depois da abolição) é libertar a mulher do cativo caseiro, se mulher pode Reinar também pode votar" - Princesa Dona Isabel do Brasil.
Para o Brasil, e para a América, o Reinado de Dona Isabel seria um grande avanço para as mulheres, mesmo a Europa já tendo conhecido Soberanas, a América ainda não tinha tido tal privilégio (salvo a Monarquia Brasileira). Na época, existia um grande preconceito para se por mulheres na política e o Reinado de nossa Isabel poderia quebrar muito desse ponto... Mas veio a república e o final todos já sabemos.
Durante grande parte da História do Brasil República, as mulheres foram excluídas de qualquer participação na política, pois a elas eram negados os principais direitos políticos. Somente em 1932, as mulheres puderam votar e se candidatar.
Agora podemos observar como os avanços são mais constantes nas monarquias, ora, se até mesmo a revolucionária França, berço da "liberdade, igualdade e fraternidade" só aceitou o voto feminino muito depois das monarquias, oque esperar?
Sufrágio feminino no mundo
1893 Nova Zelândia (MONARQUIA)
1902 Austrália (MONARQUIA)
1906 Finlândia
1913 Noruega (MONARQUIA)
1915 Dinamarca (MONARQUIA)
1917 Canadá, Países Baixos (MONARQUIA)
1918 Reino Unido, Áustria, Estônia, Georgia, Alemanha, Hungria, Irlanda, Letônia, Lituânia, Polônia, Federação Russa (MONARQUIAS e repúblicas)
1919 Bélgica, Luxemburgo, Suécia, Ucrânia (MONARQUIAS e república)
1920 Estados Unidos da América, Albânia, República Tcheca, Eslováquia (repúblicas)
1921 Armênia, Azerbaijão (repúblicas)
1924 Mongólia, Santa Lucia (repúblicas)
1927 Turquemenistão (repúblicas)
1929 Equador, Romênia (república e MONARQUIA)
1930 África do Sul (brancas), Turquia (repúblicas)
1931 Chile, Portugal, Espanha, Sri Lanka (repúblicas)
1932 Brasil, Tailândia, Uruguai (repúblicas e monarquia asiática)
1934 Cuba, Turquia (repúblicas)
1937 Filipinas (república)
1938 Bolívia, Usbequistão (repúblicas)
1939 El Salvador (república)
1941 Panamá (república)
1942 República Dominicana (república)
1944 Bulgária, França, Jamaica (repúblicas)
1945 Croácia, Guiana, Indonésia, Itália, Japão, Senegal, Eslovênia, Togo (repúblicas e MONARQUIAS)
1946 Camarões, Coréia do Sul, Guatemala, Libéria, Macedônia, Trindade e Tobago, Venezuela, Vietnã, Iugoslávia (repúblicas)
1947 Argentina, Israel, Nígéria, Coréia do Norte, Suriname (repúblicas)
1949 Bósnia, China, Costa Rica (repúblicas)
1950 Barbados, Haiti, Índia (repúblicas)
1951 Republica Domínica, Nepal (repúblicas)
1952 Grécia, Líbano (repúblicas)
1953 Butão, México (MONARQUIA asiática e república)
1954 Belize, Colombia, Ghana (repúblicas)
1955 Combodia, Etiópia, Honduras, Nicarágua, Perú (repúblicas)
1956 Egito, Gabão, Mali, Somália (repúblicas)
1957 Malásia (MONARQUIA)
1958 Burquina Faso, Chad, Guiné, Nigéria (Sul) (repúblicas)
1959 Madagáscar, São Marino, Tunísia, República Unida de Tanzânia (repúblicas)
1960 Chipre, Gambia, Tonga (repúblicas)
1961 Bahamas, Burundi, Malawi, Mauritânia, Paraguai, Ruanda, Serra Leone (repúblicas)
1962 Argélia, O Fiji, Irã, Quênia, Marrocos, Papua Nova Guiné (repúblicas e MONARQUIA)
1964 Sudão (república)
1965 Bostwana, Lesotho (repúblicas)
1967 Congo, Kiribati, Tuvalu, Iémen (repúblicas)
1968 Nauru (república)
1970 Andorra (MONARQUIA)
1971 Suiça (república)
1972 Bangladesh (república)
1974 Jordânia, Ilhas Salomão (MONARQUIAS)
1975 Angola, Capa Verde, Moçambique, (repúblicas)
1977 Guiné Bissau (república)
1978 Nigéria (Norte), a República de Moldova, Zimbabue (repúblicas)
1979 Marshall Ilhas, Micronésia (Estados Federados), Palau (repúblicas)
1980 Iraque (república)
1984 Liechtenstein, África do Sul (mestiças e índias) (MONARQUIA e repúblicas)
1986 República Africana Central, Djibouti (repúblicas)
1989 Namíbia (república)
1990 Samoa (república)
1993 Kazakhstan, República de Moldova (repúblicas)
1994 África do Sul (negras) (república)
Deus Salve o Brasil!
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