Príncipe Perfeito, impecável de graça, de elegância, de polidez, nele se reuniam virtudes altíssimas de coração, de cultura e de caráter. Nasceu para um trono que estava cada dia mais próximo de si. De redor de sua figura moça e altiva, de sua palavra ardente e alta, agrupavam-se as expressões moças de sua pátria.
De redor de sua fisionomia admirável de beleza moral, de honestidade, de patriotismo vibrante, de alegria vitoriosa, havia uma perpétua e crescente curiosidade por todos os conhecimentos. Seu nome era um orgulho para a mocidade de sua pátria. Havia em sua vida sadia e luminosa um sinal de irresistibilidade, de arrancada para a glória.
Jornalistas, escritores, industriais, poetas, soldados e marinheiros voltavam fascinados por aquele moço de olhos azuis, aquele brasileiro exilado, que falava do Brasil sabendo tudo, prevendo tudo, amando todas as coisas, todos os homens de sua terra maravilhosa.
Diante de seus olhos claros o Destino desdobrava perspectivas inesperadas e ridentes. Aos seus passos as simpatias multiplicavam-se como por milagre de fé e de esperança nas reservas morais de sua personalidade.
- S.A.I.R. o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança (1878-1920), cognominado o Príncipe Perfeito, nas palavras do historiador Luiz da Câmara Cascudo.
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