domingo, 14 de janeiro de 2018

ROMÊNIA PODE ESTAR PRÓXIMA DE REALIZAR UM REFERENDO PELA RESTAURAÇÃO DA MONARQUIA

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Desde o falecimento do Rei Miguel I da Romênia, no dia 5 de dezembro último, um assunto anda muito em voga na imprensa e no meio político romenos: a possibilidade da realização de um referendo envolvendo a restauração da Monarquia no País, já nesse ano de 2018.

Abordados pela imprensa no mês passado, representantes dos partidos que governam a Romênia se manifestaram sobre a eventualidade de uma consulta popular. O Primeiro Ministro, Mihai Tudose, opôs-se veementemente à ideia, mas os demais consultados declararam franca disposição em transformar a proposta em realidade.

Niculae Bădălău, Presidente Executivo do Partido Social Democrata (PSD), afirmou considerar justa a proposta, não descartando a possibilidade de a consulta acontecer já neste ano. Republicano declarado, ele não se opõe à possibilidade de a Romênia se tornar uma Monarquia Constitucional Parlamentarista: "Não é algo ruim, uma vez que os países monárquicos estão entre as nações mais desenvolvidas do mundo".

O Presidente do Senado e representante da Aliança dos Liberais e Democratas (ALDE), Călin Popescu-Tăriceanu, declarou-se também favorável à ideia de uma consulta popular sobre o tema, remetendo ao notável crescimento de um sentimento público pela Família Real Romena e pela ideia de uma eventual restauração.

Em recente pesquisa, 21% dos romenos manifestaram o desejo de restaurar o Reino da Romênia, derrubado em 1947 por força de um golpe de Estado. O País, então uma Monarquia Constitucional, transformou-se, com o apoio da União Soviética, numa República Socialista. O regime comunista, ditatorial, caiu apenas em 1989. Desde então, a Romênia é uma República Semi-Presidencialista.

Tăriceanu afirma que o regime republicano não foi capaz de estabilizar o País. "Na Romênia, o Presidente, em vez de ser um árbitro, prefere sempre atuar como jogador, e, em função disso, todo o sistema constitucional sofre". Ele aponta a Monarquia como a melhor saída para o problema: "A Monarquia Constitucional tem a vantagem de colocar o Monarca acima e distante do jogo político e dos partidos políticos", justifica.

O Presidente do Senado considera que o tema merece um debate mais amplo ao nível da sociedade. "Devemos reunir as forças que são favoráveis e convencer o maior número possível de cidadãos sobre a utilidade da forma de governo. E se o assunto se tornar de interesse, podemos começar essas discussões no próximo ano", acrescentou.

Esperamos que o povo romeno possa logo ter a oportunidade de escolher qual o melhor regime para seu País, e que veja com isso sua Monarquia restaurada, juntamente com a dignidade e a estabilidade nacionais, perdidas após o golpe republicano de 1947.

Foto: S.M. a Rainha Margarida I da Romênia [1], durante cerimônia na antiga Sala do Trono do Palácio Real, em Bucareste. Guardiã da Coroa Romena, Sua Majestade ascendeu à Chefia da Casa Real após a morte de seu pai, o Rei Miguel I da Romênia, falecido no final do ano passado, aos 96 anos de idade.

[1] De acordo com as Regras Fundamentais da Família Real da Romênia, sancionadas pelo falecido Rei Miguel I em 30 de dezembro de 2007, o Chefe da Casa Real da Romênia deve ser intitulado Rei ou a Rainha da Romênia, com o tratamento de Sua Majestade, independentemente da forma de governo em vigor no País.

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