Inegavelmente, muitas aptidões se transmitem por hereditariedade. Não é infalível essa transmissão, e sem dúvida a educação no meio familiar também influencia poderosamente para que se transmitam, de pai para filho, certas vocações específicas. Mas é do conhecimento geral que dons artísticos, habilidades manuais, inclinações para o exercício de determinadas profissões, frequentemente são “herdadas”. Há famílias de artistas, de médicos, de políticos ou oradores, de diplomatas, de militares, etc. As pessoas não nascem já com conhecimento específico infuso, é claro, mas nascem com uma tendência para aquilo, por onde terão não apenas maior gosto, mas também maior facilidade para seguirem aquele rumo na vida.
Qualquer pessoa que estude música pode, em princípio, chegar a ser compositor. Mas se formos estudar as vidas dos grandes compositores, veremos que quase todos nasceram em famílias de músicos. Inegável exemplo disso é famosa família Bach, da Alemanha, que desempenhou importante papel na História da Música por quase dois séculos, produzindo mais de 50 músicos e compositores notáveis!
Se assim é com tantas aptidões e habilidades, por que não será também com a mais alta das funções humanas, a do governo? Um Príncipe que descende de uma Família há 100, 200, 500 ou 1000 anos reinante, esse Príncipe, deve-se razoavelmente presumir, tem maior possibilidade de ser um bom governante do que uma pessoa que não tem a mesma ancestralidade.
- Baseado em trecho do livro “Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira: com Monarca e Poder Moderador eficaz e paternal”, do Prof. Armando Alexandre dos Santos.
Foto: SS.AA.RR. o Príncipe Dom Antonio de Orleans e Bragança, terceiro na linha de sucessão ao Trono, sua esposa, a Princesa Dona Christine de Ligne de Orleans e Bragança, e filhos, o saudoso Príncipe Dom Pedro Luiz (1983-2009), o Príncipe Dom Rafael e as Princesas Dona Amélia e Dona Maria Gabriela, em 1989.
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