A Coroa Imperial, símbolo do poder e legitimidade do monarca, assim como do próprio Estado é a uma das joias mais importantes já feita nas Américas. Era utilizada apenas durante a cerimônia de Coroação e na Abertura e Fechamento dos trabalhos na Assembleia Geral, na cerimônia chamada de “Fala do Trono”, juntamente com toda a indumentária Imperial.
A primeira coroa brasileira, utilizada para a coroação de Dom Pedro I, foi desmontada para a criação da Coroa Imperial de Dom Pedro II, pois o Segundo Reinado era tido como um recomeço para o Estado Brasileiro. Após a renúncia do Imperador Dom Pedro I e de um conturbado Período Regencial era esperado, como ocorreu, um grande período de paz e prosperidade para o Império.
A Coroa de Dom Pedro II foi confeccionada pelo joalheiro Carlos Martin, em ouro 18 quilates com os diamantes da antiga Coroa Imperial e com as pérolas de um colar da Imperatriz Leopoldina legado à Dom Pedro II. Ao todo são 639 diamantes e 77 pérolas de oito milímetros cada uma, em uma estrutura que pesa um quilo e novecentos gramas, com diâmetro de 205 milímetros e altura de 31 centímetros. A Coroa Imperial segue a norma das coroas europeias, sendo composta por oito semiarcos que se encontram ao topo em uma orbe, o “globus cruciger”, encimada por uma Cruz de Cristo e forrada internamente por veludo verde escuro, mesma cor do Manto Imperial.
A Coroa Imperial de Dom Pedro II foi apresentada pela primeira vez ao público em 8 de Julho de 1841, apenas dez dias antes da cerimônia de Coroação e desde o Golpe de 15 de Novembro até a inauguração do Museu Imperial em Petrópolis, em 1943, foi mantida escondida, guardada nos cofres do Tesouro Nacional, junto com as outras Joias da Coroa.
Recentemente a joalheria Amsterdam Sauer criou uma réplica da Coroa Imperial, utilizando técnicas artesanais antigas, levando ao todo 18 meses para finalizar uma obra com o peso de dois quilos e oitocentos gramas, 596 diamantes e oitenta pérolas, exposta permanentemente no Museu Amsterdam Sauer de Pedras Preciosas em Ipanema.
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