A História apresenta, por vezes, em seu curso, transformações desconcertantes, que em pouco tempo modificam os rumos das nações, às vezes de civilizações inteiras.
Quantas transformações benéficas nascem de situações conturbadas e sofridas?
Os perigos, ameaças e incertezas são muitas vezes a véspera de épocas auspiciosas e de glória.
Coube ao Príncipe Regente de Portugal, futuro D. João VI, com profundo senso da História, sagacidade estratégica e sabedoria política, subtrair-se ao funesto curso dos acontecimentos na Europa.
Sua decisão de transferir para o Brasil a capital, deslocou o centro geográfico e político do Reino, deixando Napoleão desconcertado em seus planos hegemônicos.
A vinda do Príncipe Regente, juntamente com a Corte, inaugurou uma nova, profícua e decisiva fase da existência de nosso querido País.
Na verdade, realizava ele um já maturado plano da monarquia lusa, de para aqui transferir a capital do Império português, cujos domínios se estendiam à África e cujos contrafortes chegavam à Ásia.
As desventuras da ofensiva napoleônica acabaram por apressar a realização desse plano, tão benéfico para o Brasil.
O descortínio que orientou o monarca e sua corte na qual se contavam brilhantes homens de Estado, de cultura, de categoria social – revigorou infindos aspectos da vida e da organização da antiga colônia, dando-lhe os primeiros contornos de um grandioso Império.
Dom Luiz de Orleans e Bragança
Nenhum comentário:
Postar um comentário