A formação do Chefe da Casa Imperial era, como é óbvio, inteiramente latina: brasileira, antes de tudo, com forte influência lusa, de um lado; marcadamente francesa, de outro. De sua mãe, uma Princesa de Bourbon-Sicílias, recebera também considerável influência do sul da Itália. Já a formação da Princesa Consorte era inteiramente germânica. Mas os conjugues admiravelmente somavam e combinavam as qualidades e as características das respectivas origens. E, sempre fiéis aos princípios monárquicos e cristãos, fizeram questão de transmiti-los à sua numerosa prole.
Foram, sem dúvida, também o modelo ideal de Imperador e Imperatriz, e com certeza teriam servido muito bem ao Brasil, durante todas as agitações que abalaram o nosso País, ao longo de boa parte do século XX.
Cabe, por fim, um registro especial: no início de 1938, poucos meses após se casarem, o Chefe da Casa Imperial e a Princesa Consorte foram recebidos, com honras de Chefes de Estado, no Vaticano, para uma audiência privada com o Papa Pio XI. O Príncipe, de fraque e portando suas insígnias de Grão-Mestre das Imperiais Ordens do Império do Brasil; a Princesa, trajando o tradicional véu negro.
- Baseado em trecho do livro “Dom Pedro Henrique, o Condestável das Saudades e da Esperança”, do Prof. Armando Alexandre dos Santos.
Foto: SS.AA.II.RR. o Príncipe Dom Pedro Henrique, Chefe da Casa Imperial do Brasil de 1921 a 1981, e sua esposa, a Princesa Consorte do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, no Vaticano, antes de sua audiência privada com S.S. o Papa Pio XI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário