Sempre se diz que o Estado é a Nação politicamente
organizada. E é verdadeiro o conceito.
Entretanto, nem sempre se explica o que
vem a ser Nação, e o que vem a ser Estado. Então vejamos: Para, de início,
compreender-se o significado de Nação, para depois falar-se do Estado,
precisa-se enunciar a diferença entre Povo e Massa, como explicitou o Santo
Padre Pio XII, em um de seus documentos. O que é Povo? E o que é Massa? Porque
a Nação constitui-se de Povo (um de seus elementos, sendo os outros, o Território
e as Instituições) e não de Massa. Por que esta pergunta? O que é Povo e o que
é Massa? A Nação não se constitui de Massa, simplesmente porque a Massa, na
realidade, não existe. Fala-se muito de Massa, geralmente quando se trata de
Estados Totalitários; mas como aborda-se uma coisa que não existe? Ela existe
como um sintoma anormal de um Povo mal guiado e mal orientado. A doença é a
Massa. O Povo é a saúde. Mas a doença existe. Não, a doença não existe; o que
existe é a falta de saúde. Assim como o mal não existe; o que existe é a
ausência do Bem. Mas o mal é o demônio, e o demônio existe. Sim, mas antes de
ser demônio, ele era um Anjo de Luz, daí Lúcifer. O anjo de Luz é o que, de
fato existiu, pela vontade de Deus. O demônio é a negação do anjo, é a negação
do Bem, é contra vontade de Deus, é o produto do orgulho.
Assim, a Massa, é a contra vontade do Povo. Explica-se a
Massa como o conjunto de indivíduos, enquanto o Povo é o conjunto de pessoas.
Mas então, existe diferença entre Pessoa e Indivíduo? Sim, existe.
Não, no linguajar corriqueiro, mas, no estudo sociológico e filosófico, a
diferença existe. Como é esta diferença? Como ponto inicial, podemos afirmar: A
Pessoa existe. O Indivíduo não existe. Mas, se não existe, para que falar-se
dele? Porque, mal orientados, muitos julgam que o indivíduo existe e que a
Massa existe. Então como se entende o conceito de “indivíduo”? O ser humano
composto só de características endógenas (hereditárias, dele mesmo, e de dons
congênitos), seria o indivíduo. Ora, só por esta definição, já se observa o
absurdo. O ser humano, assim constituído, parece produzido em proveta! Sim,
porque, onde estão as influências externas, exógenas do meio ambiente físico e
social? Onde se encontram? Pode existir ser humano, sem estas referidas
influências? Já por aí, vemos que o indivíduo é uma ficção. Seria como um
“robô” sem vontade própria, manipulado por qualquer poder. A Massa é isso:
conjunto de indivíduos despersonalizados, conduzidos pelo ditador que ordena:
“Todos para a direita!!!” E todos vão para a direita. Ou então: “Todos para a
esquerda!!! E todas vão para a esquerda.
Ou ainda: “Todos guilhotinando os
Reis, os Príncipes, os Clérigos e os Nobres”! E todos partem gritando e
cantando: “ça ira” ça ira ça ira! Lês aristocrates, à la lanterne on les
pendra!! Pode ser traduzido assim: “Avante” avante! Avante! Os aristocratas,
nos postes nós vamos enforca-los!
Ou então ainda, em outra perspectiva:
“Em fila! Todos para o
banho, sem roupas onde serão desinfectados? (E o banheiro era a câmara de gás
mortífero dos nazistas). Ou então, como no Comunismo: “A Religião é o ópio do
povo. Matemos o Czar e sua família, os nobres e todos os religiosos!”. O povo russo, se não estivesse massificado, nunca teria
feito o que fez em 1917. O Czar era chamado de Babusca (Paisinho) a Czarina de
Mamusca (mãesinha) !!! O povo russo tinha se tornado em massa devido à pregação
bolchevique e comunista.
Como o alemão do Nazismo, permitindo que a GESTAPO, a SS e
outros monstros, matassem os judeus, matassem os negros, os católicos, etc.
levassem seus jovens filhos, de cabeças feitas, também massificadas, para o
“front”! de combate, para uma guerra já perdida, e ainda vociferando: “Heil
Hitler!!! Heil Hitler!!!
A massificação traz a necessidade de um homem todo poderoso:
ditadores, como foram Robespierre, na Revolução Francesa. Hitler, no Nazismo,
Lenin e Stalin, no comunismo, foram necessários para apertarem os botões de
funcionamento das máquinas humanas, ou massas. Só por causa destes
acontecimentos patológicos, da História Moderna e Contemporânea, do Homem é que
se estuda esta ficção chamada “indivíduo”. Ou então para ser usado como um
pejorativo da pessoa humana. – “Aquele ali é um indivíduo; não é uma Pessoa”.
“Fulano não passa de um pobre indivíduo, mas já Beltrano, não, este é uma
Pessoa! Um verdadeiro Ser Humano!
Visto isto, vamos repetir: “Indivíduo é Massa. Pessoa é
Povo”.
O Ser Humano verdadeiro, feito à Imagem e Semelhança de
Deus, é pessoa e assim forma o Povo.
O que é ser Pessoa? Além da denominação de “Ser, feito à
Imagem e Semelhança de Deus”, definição teológica, que por isso só, já coloca o
homem lá nos píncaros da criação, além disso, o homem – Pessoa, diz-se daquele
que, além das qualidades endógenas (do indivíduo), próprias dele mesmo,
hereditárias e de dons gratuitos, possua também as exógenas (segundo os
sociólogos, as verdadeiras e únicas influências – exagero naturalmente). De
fato as qualidades exógenas, embora não sejam as únicas, são, de fato, as mais
importantes. O homem vive em contacto com outros homens, que exercem uma
influencia inegável em seu comportamento e formação. Vivem também em um meio
físico, que também é importantíssimo, na sua constituição. Vejamos só um
exemplo, no campo das artes. Na Música – um Beethoven. Não era de família de
músicos, portanto hereditariamente nada herdara de qualidades musicais.
Recebera sim, um “Dom Divino da Música”. Esse “dom” é, de fato, endógeno. Mas
suponhamos que ele, em lugar de ter nascido em Bonn, na Alemanha, e educado em
Viena, a capital da Música, portanto na Europa, no século XIX, tivesse nascido
na Nigéria, ou no Congo, portanto na África, no mesmo século XIX. O dom
Divino ele possuiria igualmente. Mas o que comporia com esse “dom”, naquela
África daquele tempo? Sem conhecer o cravo, o violino, o violoncelo, a flauta,
a trompa, a teoria musical, a harmonia, a composição, etc. Sem ouvir música
erudita ao seu redor, sem orquestras sinfônicas, sem teatros, ou mesmo serões
musicais domésticos, etc... etc...etc.., o que o pobre Beethoven africano, apesar
do “Dom”, poderia compor? Se não batuques e outras percussões em tambores de
coro de animais? O que o pobre poderia compor, apesar do “Dom” endógeno? Sem os
componentes exógenos (cravo, trompa, flauta, composição, etc) nada mesmo. Este
exemplo, penso, ser suficiente para se verificar que Beethoven era “Pessoa” e
não um simples “indivíduo”.
Então, já tendo visto o que é, ou, o que não é, indivíduo e
massa, passaremos ao estudo da Pessoa, para chegarmos ao Povo, um dos
“Elementos Básicos da Nacionalidade”. Como já vimos, a Pessoa é o Ser Humano
verdadeiro. Formado de características endógenas e exógenas. Já tendo abordado
as endógenas, quando tratava-se do indivíduo, vejamos agora as exógenas. Como a
palavra já diz, as características exógenas, são aquelas que vêm de fora para
dentro. Portanto as originárias do meio ambiente físico ou social. Vejamos as
do meio ambiente físico: O paulista e o carioca. A geografia urbana de São
Paulo exerce, sobre seus habitantes, uma compenetração muito mais séria da
vida, do trabalho, do dever. Por que será? Não há florestas, não há praias, não
há recreações da Natureza. O homem é impelido a trabalhar. Já o carioca, que
more na Barra, por exemplo, e trabalhe no centro urbano do Rio, para ir para
seu trabalho, ele passa pelas praias da Barra e de São Conrado. Passa pelas
praias de Leblon, de Ipanema, de Copacabana, de Botafogo e do Flamengo, sempre
cheias de gente, mesmo nos dias da semana; com que espírito de trabalhador ele
chega ao seu escritório? Só pensa em liquidar o mais rapidamente possível, as
pendências, para voltar para casa e correr para a praia. Essa é a realidade
exógena deste exemplo.
Vejamos outro exemplo? Porque certos povos da Europa,
nas diversas épocas da História, foram especialmente navegadores, e outros,
não? Quais os navegadores? Na História Antiga, os Cretenses, os Fenícios e os
Gregos. Por que? Os cretenses, porque Creta é uma ilha. Os fenícios e os
gregos, porque seus territórios pequenos e a beira mar, às vezes recortados de
enseadas e baías, os impeliam para o mar. Na História Medieval e Moderna, os
navegadores foram os portugueses, os espanhóis, os ingleses, os holandeses, e
os escandinavos. Por que? Pelas mesmíssimas razões. A Inglaterra é uma ilha. E
Portugal, Espanha, Holanda e os Países Escandinavos, ou tem territórios
pequenos e recortados de enseadas e baías, ou são situadas em posições
geográficas próprias para a conquista dos mares. Como Camões dizia de Portugal:
“terra lusitana à beira mar plantada”!
E os exógenos sociais? Como o homem influencia o homem? O
pernambucano vem viver no Rio e perde seu sotaque de Pernambuco e adquire o de
carioca. Viajando entre Rio e Pernambuco, ele lá é chamado de carioca, aqui ele
é conhecido como pernambucano. Não é mais nem pernambucano, nem carioca, as características
exógenas fizeram dele um ser diferente. Tal a força das características
exógenas! Vemos assim que estas características exógenas, produzidas
pelos meio-ambiente físico-geográfico, ou humanos, formaram a Pessoa, o Ser
Humano. Como sabemos o Ser Humano é gregário, portanto o conjunto de
seres humanos ou pessoas, forma o Povo. Mas, antes de formar o Povo, forma o
Grupo social. É o conjunto de Grupos sociais que constroem a Povo e a Nação. Os
Grupos Sociais podem ser de diversas categorias, como a família, que é o
básico; grupos sociais de cultura, estudo, de trabalho, militares, religiosos,
etc. As mesmas pessoas pertencem, em geral a diversos grupos
sociais, ao mesmo tempo. Mas são os grupos sociais, que formam o Povo e
consequentemente, a Nação. Será contudo, que, grupos sociais heterogêneos
possam formar um Povo e uma nação? Pensamos que não. Assim, aqui temos que
tomar em consideração, os elementos básicos da Nacionalidade. São eles que,
aplicados ao Povo, formam a nação. Quais seriam? Resposta: O Homem (que é a
Pessoa Humana), a Terra (território) e as Instituições. Comecemos pelo Homem. O que precisa o Homem, para ser
considerado um Homem-Nacional (ou súdito, ou cidadão) Que elementos, este
homem, ou mulher, o conjunto destes homens, deveria ter, para ser Homem
Nacional?
Os elementos que citaremos agora, não são absolutos, como
nada pode ser absoluto em ciências sociais ou políticas. Os mesmos elementos
constitutivos do Homem-Nacional podem aparecer, ou não, conforme o povo.
Exemplo: Um dos elementos constitutivos é a Raça.; No Brasil não temos uma raça
única e sim uma extraordinária miscigenação da raça amarela. (os descendentes
dos silvícolas e asiáticos, japoneses); com a raça branca (os originários da
Europa); e com a raça negra (originários da África). O outro elemento é a
religião.. Há povos de uma só religião(considerado-se naturalmente a grande
maioria do povo) como os povos italiano, austríaco, bávaro, húngaro, português,
espanhol, etc... onde a religião predominante é a Católica, a ponto de ser
poder dizer que estes povos são Católicos, como aliás também quase todos os
povos íbero-americanos. Em outras, como na Alemanha a competição é acirrada
entre Católicos e protestantes. A mesma coisa acontece na França atual, entre Católicos e ateus.
Ainda outro é a língua. Ninguém pode duvidar de que o
Paraguai seja uma Nação. Entretanto lá fala-se duas línguas igualmente fortes:
o espanhol e o guarani. Já aqui no nosso Brasil, o português dominou
completamente toda a nação. Entre os indígenas, ainda se fala o guarani, o
tupi, etc. mas todos falam o português. A língua portuguesa é uma das
características típicas do homem brasileiro. Na Europa, em geral não só as
Nações, mas as regiões, falam suas línguas nacionais ou seus “patois”, mas aqueles
que falam os “patois”, falam também a língua nacional. A Suíça é uma exceção:
ela apresenta três línguas nacionais, além dos “patois” dialetos, o francês, o
alemão e o italiano. Não há uma língua suíça, embora haja dezenas de “patois”.
Mas o suíço de classe-media para cima, geralmente fala o francês, o alemão e o
italiano, alem do seu “patois” regional.
Outros elementos constitutivos do povo ou Nação são os
Costumes, hábitos, tradições. As nações distinguem-se também por estes
elementos, que alias são muito importantes. Hábitos, Costumes, Tradição, podem
haver várias e diferentes em um mesmo Povo, em uma mesma Nação. Mas,
circunstancialmente, porque em essência, um povo Nacional, possui hábitos,
costumes e tradições, típicas, próprias, daquele Povo e daquela Nação e de
nenhuma outra. Podemos citar, como exemplo: “as toradas espanholas”. É uma
tradição tipicamente espanhola, e só espanhola. Há toradas no México, ou em
outros países ibero-americanos? Pode ser que as haja, mas não são a mesma
coisa. O “ballet Russo”? é só russo! Há “ballets” brilhantíssimos em outros
países, mas o povo russo nasce bailando, e supera todos os outros. O “Tango
Argentino”. “O “Samba brasileiro”, “ o carnaval brasileiro”, a disciplina do
militarismo germânico, a postura e o garbo do militar britânico. A Opera
Italiana, há óperas até mais belas de que as óperas italianas, mas é inegável
que o canto lírico nasceu na Itália, e está no sangue do italiano. O
“foot-ball” nasceu na Inglaterra, mas foi superado pelo “futebol” brasileiro,
que fez do Brasil, o pais do Futebol. A Valsa Vienense, a Monarquia
Britânica?” o “fado português”, a magnificência da arquitetura medieval na
França e na Alemanha O minueto francês. O "jazz" norte
americano. Enfim, poderíamos encher páginas e páginas mencionando os hábitos,
as tradições e os costumes”. Próprios de cada povo e de cada Nação que os
distinguem dos outros.
Assim, o Primeiro Elementos Básico de Nacionalidade que é o
Homem, o Ser Humano, só será Nacional, se possuir estas características
próprias, de Raça, de Língua de Religião, e de Hábitos, Costumes e Tradições. O Segundo Elementos Básico da Nacionalidade, é o
“Território”, que chamamos de “A terra” ou “País”. O Território é o espaço geográfico onde vive aquele Povo,
aquela determinada Nação. Haverá exceções? De Povos ou Nações, sem territórios?
Sim, houve e há. Por exemplo, o Povo de Israel, que durante mais de mil anos
ficou sem território e não se desintegrou. Não se desintegrou porque os seus
outros elementos básicos eram muito fortes. Outro exemplo é dos “Ciganos”. Eles
são uma Nação, um Povo. Mas nunca quiseram ter um território próprio. Vivem e
passam pelos territórios dos outros. Mas, são exceções!
Todo o Povo, toda Nação tem que possuir o seu próprio
território. Não há necessidade do território ser grande ou pequeno, gigantesco,
ou minúsculo. O importante é que exista. Também não há necessidade que seja
contínuo ou descontínuo. O Brasil possui um enorme território contínuo. Isto
significa que seu território não é dividido por mares ou territórios de outros
países (não se mencionando, devido à insignificância do exemplo, a ilha da
Trindade e o arquipélago de Fernando de Noronha). Já os EE.UU. possuem um
território descontínuo, pois entre eles e o Alasca, por exemplo, encontra-se o
Canadá. Nos países do antigo “Sacro-Império-Romano-Alemão, a descontinuidade
era o marcante. Por exemplo: um viajante que percorresse, por terra, o
Sacro-Império atravessando-o sempre reto de Oeste para Leste, poderia sair do
Grão-Ducado de Hesse, entrar no Reino da Baviera, depois passar de novo por
Hesse, entrar na Saxônia, passar por um pedaço da Prússia, voltar à Saxônia e
acabar o périplo na Bohêmia. De tal maneira era entrecortado o Sacro Império,
sem mencionarmos, pequenos Principados – Condados, minúsculos que o viajante
certamente também cortaria. Quanto ao tamanho, também isto não constitui empecilho. Existem territórios gigantescos, como o do Brasil, ou da Rússia, ou
EE.UU. ou China. Existem os grandes, como a Índia, a Argentina, o México, a
Alemanha, etc... há os médios, que são a maioria dos países latino-americanos,
menos os já mencionados, a França, a Itália, a Grã-Bretanha, etc. Os pequenos
como Portugal, Suíça, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Suécia, Noruega, Uruguai,
Paraguai, Cambodja, Tailândia, etc... E existem os pequeníssimos ou mesmo
minúsculos, como a Costa Rica, a Nicarágua, Luxemburgo, Andorra, Mônaco, etc...
– Entretanto, o território minúsculo de Mônaco, ou a Gigantesca Rússia, são
igualmente, o “2º elemento básico da nacionalidade “a terra, ou país, ou
território”. Resta a considerar agora, o “3º” elemento básico da
nacionalidade”, ou seja, “As Instituições”.
Como explicar, em que se constituem as Instituições? Se não,
vejamos: O Povo Nacional, vivendo em determinado território, necessita de
ordem, de leis, de organizações que tragam o trabalho, o desenvolvimento,
espiritual, intelectual e material, etc... Os meios usados para isso obtermos é que chamamos de
Instituições. Estas podem ser Instituições Sociais, Políticas, Econômicas,
Culturais, Pedagógicas, Militares, Religiosas, etc...
Como exemplo, podemos enumerar alguns tipos de Instituições:
- Sociais: um Instituto filantrópico , desportivo ou recreativo, um Instituto de Previdência, uma Seguradora... etc...
- Políticos: um Partido Político, um jornal político, a organização político-administrativa do Pais, etc... A própria organização do ESTADO.
- Econômicas: Um banco, uma Instituição Financeira, uma Revista Econômica, etc...
- Culturais: Um Museu, uma Orquestra Sinfônica, uma Pinacoteca, uma exposição de Arte, etc...
- Pedagógicos: um Colégio, um Seminário, uma Universidade, qualquer organização de ensino, etc...
- Militares: As Forças Armadas, a Polícia Militar, o corpo de Bombeiros, etc...
- Religiosas: A Santa Igreja Católica Apostólica e Romana, outras religiões, Institutos religiosos, etc...
Como vimos anteriormente, da Pessoa Humana, originou-se o
Grupo Social, dos Grupos Sociais surgiu o Grupo social Nacional, com seus
Elementos Básicos. Destes elementos Básicos, o mais importante é o Político,
porque gerou o Estado. Consequentemente o Estado resultou da Nação e não o
contrário, como pregam as ditaduras de Direita ou de Esquerda. Para elas o
homem vive para o Estado, pois só o Estado, todo poderoso, é que sabe tudo, que
é capaz de conduzir o povo ao “Bem Comum” (“Bonum Comune” dos romanos) que é a
própria finalidade de existir o Estado.
Entretanto, como já tivemos ocasião de estudar, o Estado
resulta da Nação, e esta do conjunto harmônico de Grupos sociais, e este da
Pessoa Humana.
Estas são as proposições:
- O Estado vem da Nação – certo
- A Nação vem do estado – errado
A proposição “Estado vem da Nação” cria os Estados orgânicos e democráticos.
A proposição “Nação vem do estado” forma, embora temporariamente e
descompassadamente, os estados totalitários, de esquerda ou de direita.
Damos alguns exemplos hodiernos de estados “a” (Orgânicos ou
democráticos) e de estados “b” (totalitários), para bom esclarecimento:
- Estados “a”: EE.UU. Inglaterra, França, Brasil, Espanha, Alemanha, Itália, Jordânia, Marrocos, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Suécia, Noruega, Austria, Argentina, Chile, México, etc...
- Estados “b”: China, Coréia do Norte, Cuba, Vietnam, muitas repúblicas africanas, etc...
Existem muitas outras que não se definem bem, ou no “a” ou
no “b”, ou então que pulam do “b” para o “a” e do “a”, para o “b”, conforme os
ventos políticos.
Vamos terminar, dando um belíssimo exemplo, de estado tipo
“a”, contando uma história ocorrida, no princípio do século XX. O Pais é a
Holanda (ou Países Baixos). A Rainha de então era a grande “Guilhermina”. Seu
aniversário . O povo holandês saúda a data com feriado, festas, danças,
desfiles, bebedeiras, alegria. Até dentro dos parques do Palácio Real o povo
comemora. Interiormente a Rainha dá baile para a nobreza holandesa, governo e
corpo diplomático. Exteriormente, já sendo noite, temos o povo acendendo
fogueiras, cantando, bailando e, de vez em quando, gritando: “Viva a Rainha!!!”
Ela aparece nos balcões do Palácio, e quando isto se dá, as saudações aumentam,
gritos e palmas! E isto repete-se a noite toda e a madrugada a dentro. La pelas
3 horas da manhã, já tendo terminado a festa de dentro do Palácio, a Rainha aparece
mais uma vez nos balcões para pedir ao povo que fosse dormir. Nada adiantou..
Então, ela acordou sua filhinha de 9 anos, a Princesa Herdeira Juliana, para
acompanhá-la aos balcões e de camisola de dormir, para o povo finalmente
entender que chegara a hora de parar. E foi o que aconteceu. Entretanto a jovem
Princesa, admirada com a multidão que as saudava, à Rainha e a ela, timidamente
perguntou à Mãe: “Mamãe, toda esta gente nos pertence?"
A Rainha aproveitou para ministrar à filha, ou melhor, à
Princesa, sua primeira aula de Ciência Política, e assim respondeu: “Não, minha
filha, nós é que pertencemos a toda esta gente”
Em outras palavras, o Estado, ali representado pela Rainha e
pela Princesa pertence ao povo, à Nação, porque foi por ela Nação, criado.
Autor: Professor Otto de Alencar Sá Pereira
Deus Salve o Império do Brasil!
Nenhum comentário:
Postar um comentário