Ficava onde hoje é a Zona
Sul do Rio de
Janeiro e era um quilombo abolicionista o seu criador, e chefe, era o
português José de Seixas
Magalhães. Seixas dedicava-se à
fabricação e ao comércio de malas e sacos de viagem na Rua Gonçalves Dias, no
Centro, suas malas eram feitas em uma fábrica com máquina a vapor.
Além da fábrica de malas,
Seixas também possuía uma chácara no Leblon, onde cultivava flores com a ajuda
de escravos fugidos. Seixas escondia os fugitivos na chácara do Leblon com a
ajuda dos principais abolicionistas da capital do Império, muitos deles membros
da Confederação Abolicionista. A chácara de flores, de Seixas, era conhecida
como o "quilombo Leblond", ou "quilombo Le Bloon" Era no Quilombo do Leblon que Seixas cultivava suas famosas camélias, que era símbolo do movimento abolicionista e objetivo de comum uso da Princesa Imperial, Dona Isabel.
O Quilombo do Leblon contava
com a proteção da Princesa Dona Isabel. E como prova de gratidão Seixas fornecia camélias,
regularmente, ao Palácio Isabel, residência da Princesa e que foi roubado pela república, em
Laranjeiras (hoje sede do governo do Estado). As camélias de Seixas enfeitavam
a mesa de trabalho da Princesa e sua capela particular, onde ela fazia suas
orações.
Além das camélias Seixas também
ofereceu a pena de ouro à Princesa Regente, que mais tarde em 13 de maio de
1888 seria usada para assinar a Lei
Áurea.
O quilombo é mencionado no
romance A
Conquista de Coelho
Neto que
transcorre nos anos que culminaram com a Abolição: "Para os lados da
Gávea, em frente ao mar livre, no Leblon, havia um quilombo mantido pela Confederação
Abolicionista [...]".
Deus Salve o movimento abolicionista, seja o antigo ou atual.
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