quinta-feira, 2 de julho de 2015

QUILOMBO DO LEBLON


Ficava onde hoje é a Zona Sul do Rio de Janeiro e era um quilombo abolicionista o seu criador, e chefe, era o português José de Seixas Magalhães. Seixas dedicava-se à fabricação e ao comércio de malas e sacos de viagem na Rua Gonçalves Dias, no Centro, suas malas eram feitas em uma fábrica com máquina a vapor.

Além da fábrica de malas, Seixas também possuía uma chácara no Leblon, onde cultivava flores com a ajuda de escravos fugidos. Seixas escondia os fugitivos na chácara do Leblon com a ajuda dos principais abolicionistas da capital do Império, muitos deles membros da Confederação Abolicionista. A chácara de flores, de Seixas, era conhecida como o "quilombo Leblond", ou "quilombo Le Bloon" Era no Quilombo do Leblon que Seixas cultivava suas famosas camélias, que era símbolo do movimento abolicionista e objetivo de comum uso da Princesa Imperial, Dona Isabel.
O Quilombo do Leblon contava com a proteção da Princesa Dona Isabel. E como prova de gratidão Seixas fornecia camélias, regularmente, ao Palácio Isabel, residência da Princesa e que foi roubado pela república, em Laranjeiras (hoje sede do governo do Estado). As camélias de Seixas enfeitavam a mesa de trabalho da Princesa e sua capela particular, onde ela fazia suas orações.
Além das camélias Seixas também ofereceu a pena de ouro à Princesa Regente, que mais tarde em 13 de maio de 1888 seria usada para assinar a Lei Áurea.
O quilombo é mencionado no romance A Conquista de Coelho Neto que transcorre nos anos que culminaram com a Abolição: "Para os lados da Gávea, em frente ao mar livre, no Leblon, havia um quilombo mantido pela Confederação Abolicionista [...]".

Deus Salve o movimento abolicionista, seja o antigo ou atual.

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