quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Hora de restaurar a monarquia


Já tivemos todas as formas de governo. Começamos como colonia, nos tornamos reino, veio o golpe da república e nos tornamos republicanos. Vieram ditaduras – se bem que disfarçadas – e agora vivemos a tal democracia. Que custa muito caro. Que está libertina e propícia a todo tipo de roubalheira.

A Inglaterra convive há séculos com a monarquia. A rainha é respeitada (quase reverenciada) e os ingleses não se incomodam de ser chamados de súditos. A rainha desfilou em carro aberto há algumas semanas, quando completou 90 anos. Foi aplaudida por milhares de ingleses. Outros milhares pagaram para participar de um regabofe em áreas públicas para comemorar o aniversário de dona Elizabeth II.

A monarquia inglesa, com todo seu luxo, pompa e circunstância, custa menos que nossos deputados e senadores. Custa menos que nossa presidência. Deputados ingleses não têm a mesma mordomia dos tupiniquins – pagam despesas do próprio bolso, dirigem seus carros, quando não, andam de metrô e ônibus.

Os nossos devem ser melhores. Ganham os tubos, têm carro, motorista, batalhão de assessores, passagens aéreas e direito de usar a gráfica oficial para alardear seus feitos. Alardear pra que? Trabalhar é apenas sua obrigação, seu dever. Foram eleitos para isso.

Deputados ingleses andam sozinhos. Os nossos são rodeados por seguranças. Isso para ficar na Inglaterra. Em alguns países europeus, deputados moram em alojamentos coletivos (os nossos em apartamentos), usam um refeitório comum (há uma cozinheira para isso) e lavam suas roupas numa lavanderia coletiva. Cada um tem única secretária. Nada mais.

Por que chegamos a esse ponto? Durante anos a fio foi negada a instrução aos mais pobres, que formam a maioria, que não abriram o olho para o acúmulo de privilégios dessa turma saída de classes mais abastadas. Melhorou um pouco. Houve mais instrução, mais escolas. O mundo se abriu. Mas estamos regredindo.

Basta ver o nível de ensino – há raríssimas exceções. Ensina-se pouco, o suficiente para alguém aprender ler e escrever. Não se ensina pensar. Os meios de comunicação, que poderiam ajudar esclarecer muita coisa, se limitam ao circo, ao fútil, ao inútil – é só analisar a programação das tevês para saber a quantidade de novelas, horários esportivos e pregações religiosas.

Talvez estejamos mesmo precisando de um monarca – rei ou imperador, tanto faz. Não precisamos de tantos deputados e senadores. Não precisamos de batalhão de assessores e seguranças. Não precisamos de tantos carros oficiais com motorista. Até por uma questão de estética – que se compare a realeza européia, pinçando-se rainhas e princesas, com a qualidade do que temos por aqui. Em todos os sentidos.

O problema é que por aqui muita gente pensa que é rei. Rei e absolutista, diga-se de passagem. Bem diferente de nosso último imperador, Pedro II, um poço de conhecimento, cultura e sabedoria. É esse tipo de rei que precisamos, para abrir a cabeça dessa plebe fútil, ignorante e improdutiva. Que venha a monarquia.

LINK ORIGINAL: JUNDIAI NOTICIAS - http://goo.gl/l03zgw

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