quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Império do Brasil



A História apresenta, por vezes, em seu curso, transformações desconcertantes, que em pouco tempo modificam os rumos das nações, às vezes de civilizações inteiras.
Quantas transformações benéficas nascem de situações conturbadas e sofridas?

Os perigos, ameaças e incertezas são muitas vezes a véspera de épocas auspiciosas e de glória.

Coube ao Príncipe Regente de Portugal, futuro D. João VI, com profundo senso da História, sagacidade estratégica e sabedoria política, subtrair-se ao funesto curso dos acontecimentos na Europa.

Sua decisão de transferir para o Brasil a capital, deslocou o centro geográfico e político do Reino, deixando Napoleão desconcertado em seus planos hegemônicos.

A vinda do Príncipe Regente, juntamente com a Corte, inaugurou uma nova, profícua e decisiva fase da existência de nosso querido País.

Na verdade, realizava ele um já maturado plano da monarquia lusa, de para aqui transferir a capital do Império português, cujos domínios se estendiam à África e cujos contrafortes chegavam à Ásia.

As desventuras da ofensiva napoleônica acabaram por apressar a realização desse plano, tão benéfico para o Brasil.

O descortínio que orientou o monarca e sua corte na qual se contavam brilhantes homens de Estado, de cultura, de categoria social – revigorou infindos aspectos da vida e da organização da antiga colônia, dando-lhe os primeiros contornos de um grandioso Império.

Dom Luiz de Orleans e Bragança

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