segunda-feira, 2 de novembro de 2015

REINO DA SUÉCIA x REPÚBLICA DO BRASIL: 5 PONTOS

S.M. a Rainha Silvia da Suécia e a presidente do Brasil

Veja os cinco principais privilégios e as diferenças entre Brasil e Suécia No país escandinavo, juízes vão trabalhar de bicicleta e deputados moram em apartamentos cujo tamanho máximo não passa de 50 metros quadrados.

Num Reino tão, tão, distante chamado Suécia, na Europa, privilégios não são atrativos para que alguém vire político ou magistrado. Juízes vão trabalhar de bicicleta e deputados vivem em apartamentos pequenos, equivalentes a um imóvel de classe média, com no máximo 50 metros quadrados. A diária de um deputado que decide viajar para visitar as bases, no país escandinavo, só dá para comprar uma pizza e um refrigerante. É uma realidade bem diferente da vivida no Brasil, onde os parlamentares são tratados como "excelências", têm motorista particular, apartamentos funcionais de quase 200 metros quadrados, banheira de hidromassagem e, de quebra, foro privilegiado, o que impede que sejam processados por crimes comuns. Veja abaixo, as principais diferenças entre os dois países. A Suécia é uma monarquia, mas parece que os reis estão abaixo do Equador, lá no Congresso Nacional. 

  • DINHEIRO
Na Suécia, os deputados não ganham aposentadoria após alguns poucos anos de trabalho; No Brasil, se uma liderança tiver apenas um mandato e perder a eleição, ele pode se aposentar com o salário integral pago pela Câmara, caso tenha 35 anos de contribuição em outra área profissional ou 60 anos de idade. O salário dos deputados brasileiros é de R$ 33,7 mil. A remuneração de um deputado sueco é de US$ 9 mil, equivalente a R$ 35 mil, mas um professor daquele país, por exemplo, ganha metade do seu salário. Caso um deputado sueco tenha bases fora da capital, ele pode receber uma diária que dá para comprar, por exemplo, uma pizza e um refrigerante.  Os deputados suecos só começaram a receber salários a partir de 1984 (obs da página: e no Brasil a partir da república, no Império não eram remunerados);

  • CONDENAÇÃO
Na Suécia, os políticos podem ser processados e condenados como qualquer cidadão. No Brasil, os deputados, senadores, presidente e vice, por exemplo, têm foro privilegiado e só podem ser julgados e condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF);

  • APARTAMENTOS
Na Suécia, os imóveis oficiais dos deputados têm aproximadamente 45,6 metros quadrados, os menores possuem 16,6. No Brasil, a Câmara disponibiliza 432 imóveis para suas excelências, entre apartamentos e casas. Como o número é menor do que o de deputados, 513, os que não conseguiram imóveis recebem
um auxílio-moradia de até R$ 4.253,00 por mês. Os imóveis têm em média 200 metros quadrados, estão avaliados em aproximadamente R$ 2 milhões. Alguns possuem banheira de hidromassagem;

  • ASSESSORES
Na Suécia, os deputados são auxiliados por funcionários do Congresso, que atendem a vários parlamentares e não a um único gabinete. Eles não têm direito a funcionários particulares. No Brasil, as cotas parlamentares são disponibilizadas para suas excelências e variam conforme a distância que morem de Brasília. No geral, as cotas podem ser usadas com despesas de passagens aéreas; telefonia; manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar; fornecimento de alimentação ao parlamentar; hospedagem; outras despesas com locomoção, fretamento de aeronaves, entre outros.  A cota mais alta é paga aos deputados de Roraima, de R$ 45.240,67 por mês. A mais baixa é do Distrito Federal: R$ 30.416,80;

  • GABINETES
Os deputados da Suécia não possuem banheiro privativo ou copa com cafezinho. Eles lembram salas de um funcionário de repartição pública. Eles geralmente usam a própria casa, sede do partido ou biblioteca pública para trabalhar ou se reunir com lideranças. No Brasil, os gabinetes de deputados são distribuídos por sorteio. No anexo IV, eles têm entre 39 e 40 metros quadrados e dispõem de banheiros individuais. Os menores ficam no anexo III, com 33,7 metros quadrados e sem banheiros. Estão instalados em um prédio onde não há elevadores.

Fonte: Claudia Wallin, autora do livro “Um país sem excelências e mordomias”, e Câmara dos Deputados

Aline Moura - Diario de Pernambuco
Publicação: 01/11/2015 17:03 Atualização: 01/11/2015 20:44

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