terça-feira, 7 de novembro de 2017

ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO, O REI DE SÃO PAULO

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Ocorrida em 1641, na vila de São Paulo, é tida como a primeira manifestação de caráter nativista do Brasil colônia.

Durante a União Ibérica, os moradores da Capitania de São Vicente, principalmente da vila de São Paulo, puderam ampliar para dentro da América Espanhola o território de livre atuação das entradas de apresamento, que inclusive atacavam missões jesuíticas. Nesse período também floresceu o comércio e o contrabando com a região do rio da Prata.

Em dezembro de 1640, com a Aclamação do Duque de Bragança, o Rei Dom João IV, que marcou a Restauração da Independência portuguesa, os paulistas temiam que Portugal destruísse essa fonte de riqueza, impedindo o contrabando e proibindo o aprisionamento e a venda do índio, pois o governo Português obtinha altos lucros com o tráfico negreiro.

Ao proibir a escravidão indígena, a metrópole estaria forçando os colonos a utilizar mão-de-obra negra. O movimento reduziu-se a uma manifestação dos comerciantes paulistas preocupados com a possibilidade de que seus negócios com Buenos Aires fossem prejudicados.

Como forma de protesto, os paulistas resolveram criar em São Paulo um Reino independente e aclamaram como Rei o fazendeiro Amador Bueno da Ribeira - o mais rico habitante do lugar, capitão-mor e ouvidor, irmão de bandeirantes.

Amador Bueno prontamente recusou a aclamação dando vivas ao Rei D. João IV de Portugal.

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