terça-feira, 7 de novembro de 2017

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Dom Pedro II havia encarregado Dona Francisca, Princesa de Joinville, de encontrar na Europa dois jovens príncipes que pudessem servir de consortes às suas filhas. Na Fala do Trono de maio de 1864, o soberano anunciou o casamento das Princesas sem citar nomes de pretendentes.

Porém, os dois candidatos escolhidos pelo Imperador, seu sobrinho, Pedro, Duque de Penthièvre, e Filipe, Conde de Flandres (filho do Rei Leopoldo I da Bélgica) - recusaram a proposta de consórcio, levando o monarca a optar pelos Príncipes Luís Augusto, Duque de Saxe e Luís Gastão de Orléans, Conde d'Eu.

Inicialmente, pensava-se em destinar Luís Augusto à Dona Isabel e Gastão à dona Leopoldina, mas o Imperador do Brasil não quis tomar mais atitudes sem a palavra de suas filhas, assim as deixou livres para que cada uma conhecesse o pretendente antes do casamento. Em 2 de setembro de 1864 os Príncipes desembarcaram no Rio de Janeiro. Nos dias que se seguiram os planejamentos iniciais inverteram-se, conforme registrou Dona Isabel:

"Papai desejava essa viagem, tendo em mira nossos casamentos. Pensava-se no Conde d'Eu para minha irmã e no Duque de Saxe para mim. Deus e os nossos corações decidiram diferentemente, e a 15 de outubro tinha eu a felicidade de desposar o Conde d'Eu."

A união de Dona Leopoldina e Luís Augusto foi acertada através de uma convenção matrimonial celebrada entre o Imperador do Brasil e Ernesto II de Saxe-Coburgo-Gota. O contrato previa, em seus artigos 3º, 4º e 5º que, enquanto Dom Pedro II não considerasse assegurada a sucessão da Princesa Dona Isabel, o casal deveria, entre outras coisas, residir parte do ano no Brasil e ter seus filhos em território brasileiro.

FOTO: De pé, da esquerda, a Princesa Imperial Dona Isabel e o marido, o Príncipe Dom Luís Gastão (o Conde d'Eu), a Princesa Dona Leopoldina e o marido, Luís Augusto, o Duque de Saxe. Sentados, os Imperadores do Brasil.

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