terça-feira, 7 de novembro de 2017

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Uma história de amor, de traição e infidelidade. Um “007” do Grão Pará. Um “Don Juan” saído de Belém, para, em terras estrangeiras protagonizar um dos maiores casos de biopirataria do século XVIII, que, entre outras consequências tornou o Brasil uma potência agrícola da época.

Francisco de Melo Palheta, teria nascido em Vigia (ou em Belém), filho de português, o militar Palheta virou diplomata e foi representar o Brasil em 1727, na vizinha, caiena, na Guiana Francesa, para resolver disputas de fronteiras.

Mas essa era apenas a face oficial da missão. Palheta era na verdade uma espécie de agente secreto, a serviço do Império Português. A missão: procurar grãos de café, tesouro de origem etíope que nas Américas do início do século XVIII poucos possuíam.

Galã e sedutor, Palheta não poupou esforços para conquistar sua missão. Seduziu ninguém menos que a esposa do governador francês Claude d'Orvilliers, de quem conseguiu receber, de maneira clandestina, um punhado de sementes de café e mais cinco mudas. A exportação era proibida pela França.

Na despedida , a tal cortesã do militar brasileiro, ofereceu um ramo de flores, sem deixar que o marido e toda a França percebesse, que dentro estavam as sementes contrabandeadas, que logo chegaria a Belém pelo Ver-o-Peso, e que um século mais tarde mudaria completamente a face do sudeste brasileiro, fazendo do café, o principal produto de exportação.

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