É interessante observar que os dois Soberanos têm os mesmos nomes dos seus respectivos ancestrais, a Rainha Elizabeth I da Inglaterra e o Rei Felipe II da Espanha, que se digladiaram na não-declarada Guerra Anglo-Espanhola de 1588, culminando na fracassada tentativa de invasão da Inglaterra pela Invencível Armanda espanhola, derrotada, em combate no Canal da Mancha, pela frota da Marinha inglesa, comandada pelo corsário Francis Drake.
Duas grandes potências europeias, uma protestante, outra católica, é natural que a Inglaterra e a Espanha tenham rivalizado em muitas outras questões, ao longo dos séculos, e ainda hoje persiste uma tensão com relação ao rochedo de Gibraltar, possessão ultramarina da Coroa Britânica no extremo sul da Península Ibérica, e por isso bastante reivindicada pela Espanha.
No entanto, a diplomacia deve sempre prevalecer; e, nas Monarquias, isso se dá de uma forma toda especial. Ora, graças à belíssima tradição dos casamentos dinásticos, todas as Famílias reinantes são aparentadas umas às outras, de modo que as Dinastias da Europa não passam de uma grande família – o que sempre reforçou o caráter federativo (no melhor sentido do termo) da Cristandade. Sendo assim, quando a Rainha do Reino Unido recebe a visita oficial do Rei da Espanha, está também recebendo seu primo. E assim as questões vão se resolvendo, em família!
Quando da restauração da Monarquia no Brasil, nosso País também poderá desfrutar dessa diplomacia familiar, pois – fiel às diretrizes dos seus maiores – nossa Família Imperial conservou a tradição dos casamentos dinásticos, mantendo fortes laços de parentesco e amizade com as Famílias reinantes da Europa, além de um extremoso senso de dever para com o Brasil e todos os brasileiros.
Foto: S.M. a Rainha Elizabeth II do Reino Unido e S.A.R. o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo, recebem SS.MM. o Rei Felipe VI e a Rainha Letizia da Espanha na entrada do Palácio de Buckingham, dando início à sua visita oficial ao Reino Unido.
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