- "Depois do almoço, por volta de uma hora da tarde, eu saio, e faço uma coisa que Vossa Majestade não poderia fazer: subo num ônibus."
Neste tom de conversa informal entre os dois colegas, Dom Pedro respondeu com um trocadilho:
- "Por que não!? Essa condução me conviria perfeitamente. Ele não se chama “Impériale”!?"
Quando se despedia de seu novo amigo republicano, Dom Pedro II ouviu deles estas palavras:
- "Felizmente não temos na Europa um monarca como Vossa Majestade."
- "Por quê?"
- "Se houvesse, não existiria um só republicano..."
Seus descendentes seguiram o exemplo da utilização de transporte público, na época uma novidade, hoje uma alternativa necessária ao caos do tráfego urbano.
O saudoso Príncipe Dom Pedro Luiz, falecido prematuramente no fatídico acidente da AirFrance em 2009 e na época quarto na Linha de Sucessão ao Trono, afirmou em entrevista à revista “Veja” que não tinha carro por uma questão de economia e se locomovia de ônibus pelo Rio de Janeiro. Já a Princesa Chantal de Orléans, filha do Conde de Paris, o Chefe da Casa Real Francesa, e da Princesa Dona Isabel de Orléans e Bragança do Ramo não-dinástico de Petrópolis, trineta de Dom Pedro II, afirmou em entrevista à revista “Aventuras na História” que havia chegado à entrevista de metrô devido a sua praticidade e que havia começado a andar sozinha de ônibus aos 11 anos e, de trem, aos 13.
Baseado em texto do livro "Revivendo o Brasil-Império"
Imagem: Dom Pedro II, Alberto Hensche, 1875
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