terça-feira, 8 de agosto de 2017

O DIA DO FICO

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Há exatos 194 anos, o então Príncipe Real de Portugal Brasil e Algarves, Dom Pedro de Alcântara, na condição de Príncipe Regente do Brasil, respondendo aos anseios da população deu um dos mais significativos passos para emancipação do Brasil, desencadeando os fatos que meses mais tarde culminariam no Grito da Independência às margens do riacho Ipiranga. 

Com notícias das decisões das Cortes de Lisboa de dividir o Reino do Brasil em províncias autônomas, anular os tribunais de Justiça e todas as outras instituições e reformas feitas durante o período em que Dom João VI reinou no Brasil, assim como o reestabelecimento do monopólio, anulando a Carta Régia de Abertura dos Portos, e a ordem que o Príncipe Real Dom Pedro voltasse a Portugal para ser educado em outras nações como França, Inglaterra e Espanha, trazidas pelo navio Infante Dom Sebastião, em 9 de Dezembro de 1821, a população brasileira humilhada, revoltou-se.

Exatamente um mês depois foi entregue ao Príncipe Regente do Brasil, Dom Pedro de Alcântara, um abaixo-assinado com oito mil assinaturas suplicando por sua permanência no Brasil. O Príncipe Regente, como prova de seu amor e respeito ao povo Brasileiro, teria declarado, conforme foi publicado no dia seguinte: 

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”.

No dia 12, temendo as represálias das tropas portuguesas que ocuparam o Morro do Castelo dez mil brasileiros entre soldados e civis armados se concentraram no Campo de Santana. Os ânimos se acalmaram, mas no dia 8 de Fevereiro o general português Jorge de Avilez de Sousa Tavares se rebelou, no entanto, mais tarde, no dia 15, com suas tropas bloqueadas por ordem do Príncipe Regente o general retornou a Lisboa, levando as notícias da permanência de Dom Pedro no Brasil.

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