terça-feira, 8 de agosto de 2017

O MANTO IMPERIAL

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O Manto Imperial do Brasil era utilizado juntamente com a Coroa Imperial e o Cetro Imperial durante cerimônias solenes como a Abertura e Fechamento dos trabalhos na Assembleia Geral, quando Imperador proferia a “Fala do Trono”, e durante a Coroação.

O Manto Imperial, com a murça de penas de galo-da-serra foi confeccionado para a Coroação de Dom Pedro I em 1822. Em forma de poncho e com a murça de penas era muito diferente dos tradicionais mantos europeus vermelhos ou azuis com pelagem de arminho. O poncho das vestes era de veludo verde escuro, sua parte interna era forrada de cetim amarelo, as cores nacionais, por fora em fios de ouro estavam bordados, ao redor, ramos de cacau e tabaco, no centro uma série de Serpes, representando a Real e Imperial Casa de Bragança, esferas armilares, antigo símbolo do Reino do Brasil, e por fim estrelas, simbolizando o novo Império. Sua confecção era atribuída à senhoras da elite, que em um mês o confeccionaram.

A murça do Manto Imperial era feita de penas, primeiramente de galo-da-serra, sendo refeita durante o Segundo Reinado por penas de papo de Tucano, ambas amarelas. A confecção da primeira murça é atribuída a um comerciante que a encomendou aos índios Tirió e presenteou o Imperador.

Diferentemente de Dom Pedro I, que fora coroado com farda militar sob o manto e calçando botas com esporas e ostentando todas suas insígnias militares, Dom Pedro II foi coroado com vestes que haviam pertencido ao seu avô o Rei Francisco I da Áustria sob o Manto Imperial, portanto somente a faixa e o colar da Ordem do Cruzeiro do Sul.

Atualmente o Manto Imperial com as vestes de Dom Pedro II encontra-se no Museu Imperial em Petrópolis.

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