Nascida na Casa de Habsburgo, a mais alta da Cristandade, Dona Leopoldina recebeu primorosa educação para que pudesse ser útil ao país de seu futuro esposo. Dizia-se que "casar-se com uma Habsburgo era ter consigo a melhor mulher que um governante poderia ter".
Ainda jovem e solteira, presenciou o Congresso de Viena, o maior acontecimento diplomático do século, na capital do Império de seu pai, para o qual se reuniram os reis e grandes políticos europeus da época.
Em 6 de novembro de 1817, a noiva do Príncipe Real de Portugal, Dom Pedro de Alcântara, foi recebida em meio a faustosa festividade no Rio de Janeiro. No mesmo dia, casaram-se na Capela Real (Antiga Sé).
Para Dona Leopoldina, conhecer a América era uma aventura, com toda a biodiversidade e diferenças climáticas, geográficas e culturais. Mulher culta, dedicava-se ao estudo das ciências naturais, tendo especial interesse pela mineralogia.
É indiscutível a importância de Dona Leopoldina para a Independência do Brasil. Enquanto Dom Pedro estava em São Paulo para acalmar a agitação dos paulistas, ela permaneceu no Rio de Janeiro como regente e presidente do Conselho de Estado, desempenhando a função de Chefe de Estado. Foi ela quem sancionou a deliberação do Conselho de Estado de separar o Brasil de Portugal. E, em carta ao seu esposo, aconselhava-o: "O Brasil será em vossas mãos um grande país. O Brasil vos quer para seu monarca. Com o vosso apoio ou sem o vosso apoio ele fará a sua separação. O pomo está maduro, colhei-o já, senão apodrece."
Pouco depois, quando ainda necessitávamos do reconhecimento dos Estados estrangeiros, provou seu amor ao Brasil escrevendo a seu pai, o Imperador Francisco I da Áustria, exigindo o seu apoio, do contrário não a teria mais como filha.
Como consorte do monarca, gerou os herdeiros do Brasil (Imperador Dom Pedro II) e de Portugal (Rainha Dona Maria II).
A memória da saudosa Imperatriz permanece viva no amarelo de nossa Bandeira Nacional, em nomes de cidades e ruas.
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