quinta-feira, 31 de agosto de 2017

SAUDADES DA PÁTRIA

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A caminho do exílio na Europa, expulsos pelo Governo Provisório republicano da Pátria que tanto amavam, a Família Imperial avistou à bordo do “Alagoas” a última porção de terra Brasileira. Diante disso o Príncipe do Grão-Pará, Dom Pedro de Alcântara, com apenas 14 anos e o Príncipe Dom Luís Maria, futuro Príncipe Imperial, com apenas 11 anos tentaram juntos realizar uma ideia: enviar uma mensagem por meio de um pombo à Pátria que deixavam.

Um bilhete foi escrito e assinado por todos da Família Imperial que partiam para o exílio. Um criado pegou um dos pombos mais vigorosos, capaz de transpor a distância que lhe separava da costa. O Príncipe Imperial Dom Luís Maria em 1912 em seu livro “Sob o Cruzeiro do Sul” recordaria o que aconteceria em seguida:

“Um pouco além do Cabo Frio – lembro-me como se fosse hoje – meu avô, querendo dar ao Brasil uma prova de seu inalterável amor, fez-nos soltar um pombo, em cujas asas ele próprio havia amarrado um última mensagem. À vista da terra ainda próxima , a ave largou vôo; mas um longo cativeiro lhe havia sem dúvida alquebrado nas forças. Depois de haver lutado alguns momentos contra o vento, esmoreceu e vimo-lo cair nas ondas”

O bilhete escrito pela Família Imperial dizia: “Saudades da Pátria”

* Baseado em texto do livro “Revivendo o Brasil-Império”

Imagem: A última foto da Família Imperial no Brasil - da esquerda para a direita: a Imperatriz Dona Teresa Cristina, Dom Antônio, a Princesa Dona Isabel, o Imperador Dom Pedro II, Dom Pedro de Saxe-Coburgo e Bragança, Dom Luís Maria, o Conde d'Eu e Dom Pedro de Alcântara, Príncipe do Grão-Pará; fotografada por Otto Hees; 1889

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