Em seu livro, “Le temps de ma Mère” (traduzido no Brasil como “Minha Mãe, a Princesa Imperial Viúva”), a Princesa Dona Pia Maria de Orleans e Bragança, Condessa René de Nicolaÿ pelo casamento, conta que seu irmão mais velho, S.A.I.R. o Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil de 1921 a 1981, “tinha o dom de cativar os corações”.
Em certa ocasião, durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto a Família Imperial Brasileira ainda estava exilada na França, Sua Alteza relata que o Príncipe Dom Pedro Henrique foi procurado por alguns soldados, para lhe pedir que colaborasse com uma festinha que pretendiam organizar em seu quartel, mas já chegaram dizendo: “Sem dúvida, não vamos conseguir nada, já que somos anarquistas...”
No entanto, o então Chefe da Casa Imperial do Brasil se pôs a conversar com os soldados, deixando-lhes fascinados com a sua personalidade. Ao retornarem ao quartel, os soldados comentaram com seus colegas: “E nós, que imaginávamos que os Príncipes fossem orgulhosos e distantes! Esse que encontramos hoje é bem diferente. É gente assim que deveria estar no governo!”
Décadas depois, durante a campanha pelo Plebiscito de 1993, seu filho, S.A.I.R. o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, foi convidado a participar de uma palestra sobre o regime monárquico em uma sede do Partido dos Trabalhadores (PT) – justamente o partido que na Constituinte de 1987-88 votara pela manutenção da famigerada Cláusula Pétrea, que punha os monarquistas fora da lei. Ao fim do debate, foi calorosamente aplaudido tendo conquistado a simpatia da plateia e um bom número dos presentes apoiando a ideia da restauração da Monarquia, após compreenderem o verdadeiro significado enquanto regime que mantêm viva a ideia de que a Nação é antes de mais nada uma grande família com um destino em comum a realizar.
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