O maior trunfo do governo Imperial era Dom Pedro II que deu exemplo sendo o Primeiro Voluntário da Pátria, proferindo a frase “Se os políticos podem me impedir que siga como Imperador, vou abdicar e seguir como voluntário da Pátria”, quando o desaconselharam a juntar-se ao front, e dando alforria a todos os seus escravos que trabalhavam nas Fazendas Imperiais para que lutassem, além do patriotismo gerado pelo início da Guerra e vantagens aos voluntários como prêmio de trezentos mil réis, lotes de terra com 22 mil braças em colônias militares, preferência nos empregos públicos, patentes de oficiais honorários, liberdade a escravos e assistência a órfãos, viúvas e mutilados de guerra.
Os Voluntários da Pátria formaram 51 batalhões que lutaram bravamente por cinco anos de conflito em território Paraguaio. Ao fim do conflito somente 14 batalhões dos 51 originais restaram, retornando como heróis da pátria em marcha triunfal pela capital do Império.
É de grande importância notar a participação dos negros na Guerra do Paraguai como Voluntários da Pátria. Inicialmente formavam apenas 5% do Exército Imperial, muitos deles enviados no lugar de seus senhores. Ao notar esta prática o Governo Imperial prometeu alforria aos escravos que participassem dos batalhões, elevando a participação para 20% dos voluntários, que se alistaram após fugas em massa das fazendas. Estes escravos libertos e sobreviventes da Guerra do Paraguai acabaram por felizmente acelerar o processo abolicionista.
Os Voluntários da Pátria tinham um uniforme próprio, diferente dos soldados de linha regulares e tinham até um mascote, o cão Bruto, um vira-lata que acompanhou a marcha do 31º Corpo de Voluntários e ficou ao lado do Exército Imperial durante todo o conflito, “lutando” ao lado deste, sendo inclusive ferido, mas sobrevivente viveu sossegadamente Quartel-General da Polícia Militar do Rio de Janeiro até morrer envenenado por um desconhecido tempos depois. Os policiais militares do Corpo Policial da Corte, apegados ao seu mascote, mandaram que Bruto fosse empalhado, atualmente em exposição permanente no Museu da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
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