A Imperatriz Dona Teresa Cristina era a parte vital da Família Imperial e da corte de Dom Pedro II. Entretanto, S.M. nunca preencheu os papéis de amante romântica ou parceira intelectual do Magnânimo.
A visão há muito difundida é que a imperatriz aceitou o papel de esposa do Imperador. Entretanto, suas correspondências particulares mostram que ela podia ter um temperamento difícil, algumas vezes entrando em conflito com Dom Pedro, e tinha uma vida própria, embora restrita.
Dona Teresa Cristina afirmou em uma carta datada de 2 de maio de 1845: "Não vejo a hora de te abraçar novamente, bom Pedro, e pedir-te perdão por tudo o que te fiz nestes dias". Em outra carta de 24 de janeiro de 1851, ela reconheceu seu temperamento difícil: "Não estou irritada contigo [Pedro] e deves perdoar este meu caráter".
Sua filha, Dona Leopoldina, a descreveu certa vez em uma carta como "dominadora", dizendo que a mãe "gosta que tudo vai como ela só quer, apesar que Deus no Evangelho diz que a mulher deve submissão ao marido".
Suas amizades resumiam-se a suas damas-de-companhia, particularmente D. Josefina da Fonseca Costa. Seus criados gostavam dela, era uma boa juíza de caráter dos visitantes e cortesãos, além de uma mãe e avó despretensiosa, generosa, bondosa e afetuosa.
Ela se vestia e agia com moderação, apenas usando joias em ocasiões de Estado e passando a impressão de ser de alguma forma uma pessoa triste. Teresa Cristina não tinha interesse em política e ocupava seu tempo escrevendo cartas, lendo, fazendo bordado e comparecendo a obrigações religiosas e projetos de caridade.
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