O Príncipe Dom Augusto (sentado à esq), neto de Dom Pedro II, foi oficial da Armada Imperial brasileira, onde serviu como ajudante de ordens do Almirante Wandenkolk (ao centro).
Na Armada, Dom Augusto chegou ao posto de segundo tenente (equivalente, hoje, a primeiro-tenente), servindo a bordo da Corveta Niterói, do Couraçado Riachuelo e do Cruzador Almirante Barroso.
Quando do golpe republicano, em 15 de novembro de 1889, o Príncipe encontrava-se no oriente, a bordo do Almirante Barroso (que realizava sua primeira viagem de circunavegação). As dificuldades de comunicação impediram que a tripulação tomasse conhecimento do ocorrido antes de dezembro.
Telegramas do almirante Wandenkolk (agora Ministro da Marinha do governo provisório) instruíam o comandante do cruzador a substituir as insígnias imperiais das bandeiras e a induzir Dom Augusto a pedir demissão.
Após consultar seu avô e seu tio, o Conde d'Eu, o Príncipe decide não se demitir, mas solicitar uma licença de dois meses. Em telegrama, o ministro responde à solicitação:
"Príncipe peça demissão serviço, concedo licença. Wandenkolk."
Dom Augusto desembarcou em Colombo, no Ceilão, onde a tripulação lhe ofereceu um jantar de despedida. Emocionado, o príncipe distribuiu seus pertences entre os companheiros.
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