Pedro Afonso sentado no colo de sua mãe, a imperatriz Teresa Cristina, e cercado por suas duas irmãs, Isabel e Leopoldina, em uma pintura de Ferdinand Krumholz (1850).
Dom Pedro Afonso Cristiano Leopoldo Eugênio Fernando Vicente Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança, ou simplesmente Dom Pedro Afonso, nasceu às oito horas da manhã de 19 de julho de 1848, no Palácio de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro, na época a capital do Brasil.
Após o nascimento, Pedro II recebeu congratulações oficiais numa recepção realizada mais tarde no mesmo dia, a qual de acordo com um contemporâneo foi o evento "mais esplêndido e com maior presença" desde que o Imperador teve sua maioridade declarada em 1840.
A notícia do nascimento de um herdeiro varão foi recebida com alegria entre os brasileiros, que realizaram celebrações incluindo foguetes e salvas de tiros. As ruas da cidade foram iluminados por dias após o nascimento, e um baile suntuoso foi realizado na Corte.
O principal motivo de tamanho júbilo foi o fato de Pedro Afonso ser um herdeiro do sexo masculino, algo considerado imprescindível para a continuação do Império, ainda que a Constituição de 1824 permitisse uma sucessão feminina.
O escritor Manuel de Araújo Porto-Alegre (mais tarde Barão de Santo Ângelo) considerou o nascimento de Pedro Afonso um "triunfo" que havia assegurado a sucessão.
O herdeiro do trono brasileiro foi batizado em 4 de outubro de 1848. A cerimônia foi realizada em privado na Capela Imperial, seguida por celebrações públicas. Os padrinhos foram o imperador Fernando I da Áustria e a rainha consorte dona Estefânia de Portugal, representados por Pedro de Araújo Lima, Visconde de Olinda (depois Marquês de Olinda) e pela Condessa de Belmonte.
Pedro Afonso Cristiano Leopoldo Eugênio Fernando Vicente Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança[2], ou simplesmente Dom Pedro Afonso
Pedro II ficou arrasado, como atesta o trecho da sua carta a Joaquim Teixeira de Macedo, cortesão responsável por Santa Cruz: "foi o golpe mais fatal que poderia receber, e decerto a ele não resistiria se não me ficassem ainda mulher e duas crianças".
O imperador escreveu a seu cunhado Dom Fernando II, rei-consorte de Portugal: "No momento em que você recebe isso, você vai certamente ter tomado conhecimento da grave perda tenho sofrido... Deus que me fez passar embora tão difícil um teste, vai em sua misericórdia me dê motivos para consolar as minhas dores."
Um grande funeral foi realizado em memória ao príncipe imperial dois dias depois de sua morte. As ruas ficaram repletas de pessoas comuns que entristeceram-se com a morte prematura do herdeiro. Dom Pedro Afonso, que poderia ter sido o nosso Dom Pedro III, foi sepultado em um mausoléu no Convento de Santo Antônio.
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